Treinadora japonesa considerada traidora

Pequim – Depois de trabalhar durante três décadas no comando da seleção japonesa de nado sincronizado, a treinadora Masayo Imura, de 56 anos, não conseguiu resistir a uma proposta tentadora oferecida pelos chineses. Ídolo no Japão, a mudança de Imura para Pequim acabou acirrando os ânimos entre os países.

A imprensa japonesa fez pesadas críticas à ex-atleta, que chegou a ser apontada como ?traidora da nação?. Por sua vez, os dirigentes chineses tentaram amenizar as críticas e explicaram que a chegada de Imura faz parte de um projeto que busca contratar os melhores treinadores do mundo para garantir o sucesso do país na Olimpíada de 2008, que acontecerá em Pequim.

Sob o comando de Imura, a seleção japonesa conquistou várias medalhas nos Jogos Olímpicos e Asiáticos. Por esse motivo, os dirigentes do Japão temem que a treinadora consiga repetir o sucesso e transforme a China em potência mundial da modalidade. Nos últimos anos, os chineses vêm progredindo satisfatoriamente no esporte.

Terceira colocada no quadro geral de medalhas dos Jogos de Sydney (2000), e segunda em Atenas (2004), a China quer terminar 2008 no topo mais alto da classificação, na frente de potências como Estados Unidos e Rússia.

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