Mesmo podendo contar com a volta de Luciano à zaga, Rogério Perrô optou por manter o trio que atuou contra o Vila Nova. Assim, a defesa será formada por Daniel Marques, Ciro e Ricardo Ehle. ?O Daniel Marques possui uma saída para o ataque muito boa. E não quero desperdiçar essa característica?, justificou o técnico paranista. Ao contrário do que ocorreu na última partida, Daniel treinou pelo lado direito da zaga, setor em que se sente mais à vontade para avançar, quase que como um ala.
?Esse posicionamento a gente acerta na seqüência, dependendo da postura do adversário?, disse Perrô, que chegou a testar uma nova variação tática. A disponibilidade de volantes fez o técnico tirar na segunda metade do treino o líbero Ciro, com a entrada de Naves no time. Curiosamente, foi com essa formatação que os titulares conseguiram marcar o único gol do treino. ?Não escondo que essa seria uma formação muito interessante. Mas no momento não vou mexer naquilo que está dando certo?, explicou.
Uma postura no mínimo coerente. Afinal, foi com a utilização do 3-5-2 que o Paraná conseguiu estabilidade na competição. Nos cinco jogos sob a direção de Perrô, foram quatro sem sofrer gols, o que é um sinal incontestável da eficiência do sistema defensivo do time. ?Só fomos mal contra o América, onde ocorreram muitos deslizes. Por isso, não vejo necessidade de mudança?, disse Rogério, que só espera uma evolução do time no quesito bolas paradas.
?No último jogo, tivemos onze escanteios e nenhuma das cobranças levou perigo ao adversário. Isso precisa mudar?, cobrou. Jogadas ensaiadas em faltas e escanteios vêm sendo exaustivamente trabalhadas, mas ainda sem efeito prático. ?Vamos persistir. Treinar muito. Mas é uma situação que depende muito da individualidade?, disse Perrô, que terá como cobradores, além de Giuliano e Éverton, também a presença de Murilo.