Um homem britânico morreu enquanto trabalhava na obra de um dos estádios da Copa do Mundo de 2022 no Catar. Os detalhes do incidente não foram revelados, mas eles devem elevar os questionamentos realizados ao país sobre as condições impostas aos operários, algo recorrente desde a sua escolha para sediar o evento.
Os organizadores da Copa do Mundo de 2022 não revelaram os detalhes da morte, nem o identificaram, apenas revelando que o trabalhador tinha 40 anos. De acordo com eles, o operário “perdeu sua vida trabalhando” no Estádio Internacional Khalifa, em Doha, que também será palco do Mundial de Atletismo de 2019.
O projeto de reforma do estádio, que é descrito pelos organizadores como o “estádio mais histórico do Catar”, está sendo remodelado pela construtora belga Besix em parceria com a empresa local Midmac Contracting.
“As autoridades competentes foram notificadas e os familiares foram informados”, disseram os organizadores da Copa do Catar, em um comunicado. “Uma investigação imediata sobre a causa desta fatalidade está em andamento e mais detalhes serão apresentados no devido momento. O Comitê Supremo presta as mais profundas condolências aos familiares por sua perda”.
Anteriormente, o Catar confirmou a morte de quatro operários, sendo uma delas como resultado direto de um acidente de trabalho. O país já foi duramente criticado pelo uso de imigrantes com baixos salários nas obras dos estádios, mas também há participação de várias empresas europeias nas construções.
A Fifa, que definiu o Catar como sede da Copa do Mundo de 2022 através de votação realizada em 2010, disse que “lamenta profundamente a perda da vida” no estádio. “É com grande tristeza que enviamos nossas sinceras condolências aos familiares e colegas da vítima”, disse a entidade em um comunicado.