A Taça Presidente Emílio Garrastazu Médice, conhecida por Torneio do Povo, trazia a campo os times de maior torcida do Brasil e teve sua última edição em 1973, com o Coritiba sagrando-se campeão. O alviverde paranaense foi convidado pelo Flamengo para disputar o campeonato, chegando ao torneio desacreditado.
No começo do ano, um grande reforço foi levado ao Alto da Glória: o técnico Tim, que seria fundamental para que o desempenho do Coxa estive à altura dos clubes que enfrentaria no Torneio do Povo. O plantel principal coritibano era formado por: Jairo, Orlando, Oberdan, Claudio, Hidalgo, Aladim, Zé Roberto, Nilo, Dreyer, Sérgio Roberto e Leocádio.
Desde o início, os jogadores mostravam-se confiantes e o presidente Evangelino Costa Neves, antes da final com o Bahia em 21 de março, declarava-se campeão. Para chegar à final, o Verdão desbancou times como o Atlético MG, Flamengo e Corinthians. A única derrota do Coritiba foi para o Bahia, no início da competição.
Quando o Coritiba disputou o título, a partida contra o clube nordestino era tido como um “atletiba”, dando importância de clássico à partida realizada na Fonte Nova. A empolgação da torcida na capital paranaense era tanta que se lia na Tribuna do Paraná: “Evangelino só não faz chover”.
No confronto final, o Coritiba balançou a rede do Bahia aos vinte minutos do primeiro, contudo, o time da casa viraria o placar, preocupando o Alviverde – que necessitava apenas de um empate para levar o título par ao Alto da Glória. Somente no segundo tempo, e com dois homens a menos, Hidalgo e Claudio foram expulsos, Hélio Pires marcaria o gol de empate, aliviando a nação coxa-branca e dando ao Coritiba seu primeiro título nacional.
Projeto realizado em parceria com alunos da Faculdades Eseei.