Os integrantes da Associação de Surf de Guaratuba (ASG) realizaram campeonato, no final de semana (11 e 12), para comemorar os resultados de um ano do Projeto Dunas e Restinga, na chamada Praia dos Paraguaios, em Guaratuba. A vegetação naquelas áreas cresceu e as dunas aumentaram em, aproximadamente, dois metros. Além das competições foi feita maratona de limpeza da praia, com o recolhimento de uma tonelada de lixo.

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De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, algumas pessoas ainda não dão valor à restinga, que é esta vegetação rasteira existente entre a rua e a areia e a única proteção contra a erosão e avanço do mar. “O sal do mar queima qualquer outro tipo de vegetação, por isso, a restinga é tão importante para o ecossistema”, completou.

O presidente da Associação de Surfe de Guaratuba, Márcio Oderawagem, que nasceu no município e coordena a ação, contou que a evolução da recomposição da restinga está surpreendendo todos os envolvidos.

“Estamos muito felizes tanto pelo visível crescimento da restinga e das dunas, como pelo aumento da participação a cada mutirão de limpeza realizado”, constatou Márcio. “A proteção da restinga e das dunas tem influência direta no fundo do mar. É um ciclo perfeito e natural: onda, vento, mar, areia e vegetação. Ou seja, o isolamento que fizemos melhorou até mesmo a qualidade das ondas para a prática do surfe”, destacou.

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Ampliação

A deputada estadual Beth Pavin prestigiou a ação da Associação e alertou sobre a importância de iniciativas simples. “Eles conseguiram educar as pessoas com uma ação simples. Hoje, não vemos mais carro na praia e o cenário depois de um ano de isolamento da restinga é outro. Esperamos que até o próximo verão, este projeto possa ser concluído e levado até a Barra do Saí”, destacou Beth Pavin.

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O projeto prevê o isolamento do trecho, desde o Morro do Cristo, em Guaratuba, até a Barra do Saí, divisa com a praia de Itapoá, em Santa Catarina, evitando que os carros utilizem a Área de Preservação Permanente como estacionamento. Serão nove quilômetros de postes, doados pela Copel e instalados manualmente na orla, para proteger a vegetação contra os danos provocados por veículos e outros agentes que levam à redução da restinga.