?Deixa passar, deixa passar, Ari é do Verdão, campeão do Paraná?. O som da bateria e do grito improvisado ecoou, certamente, até naquele avião que decolava no Aeroporto Afonso Pena. Duzentos torcedores do Coritiba mudaram o ambiente do local, que viveu uma das manhãs mais agitadas dos últimos tempos. Quem estava lá e não sabia o que ia acontecer (ou quem chegava de viagem), não imaginava o que viria pela frente.
A torcida organizada Império Alviverde fez uma caravana até lá. ?Nós viemos com pelo menos trinta pessoas?, conta o presidente Luís Fernando Correa. Destes, boa parte era da bateria da facção, que postou-se à frente da sala de embarque. Além deles, vieram voluntariamente outros torcedores, que saíram de casa como se estivessem indo para o Couto Pereira – camisas e bandeiras do Coritiba tomaram conta de São José dos Pinhais.
E, no anódino saguão, eles dividiam espaços com motoristas de empresas multinacionais, agentes de turismo, pais e irmãos de jovens que voltavam de intercâmbios. O Afonso Pena estava lotado, e os responsáveis da Infraero nem imaginavam que isso se devia apenas à chegada de Aristizábal. Quando perceberam, começou a se montar o esquema de segurança alternativo.