A volta do Atlético à Arena da Baixada veio com vitória, mas não foi suficiente para classificar a equipe para as quartas de final da Copa do Brasil. O resultado de 2×0, gols de Deivid e Marcelo, eliminou o time e escancarou a falta de investimento no elenco.

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A derrota por 3×0 no jogo de ida para o América-RN, além do mau momento na Série A, colocam a direção rubro-negra contra a parede. Mesmo com a entrega do estádio, que ainda não está 100% concluído de acordo com o projeto, os torcedores voltam a atenção para o desempenho do time em campo.

“Ficamos felizes pelo novo estádio, que está maravilhoso. Agora, e o restante? Adianta ter uma arena padrão Fifa e um time que não conquistada nada? Não sabemos o que é título há anos e espero que o clube cumpra a promessa de fazer um time bom”, questiona Márcio Padilha, 41 anos, que veio acompanhado de sua mulher e filha.

O Atlético afirma que, para ter um time competitivo com o eixo Rio-SP, precisa de 40 mil sócios. Atualmente, o número é de 22.400 associados em dia e 15.381 cadeiras estão vagas para novos sócios.

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A justificativa até faz sentido para a torcida, mas a carência de glórias (último título foi em 2009, pelo Campeonato Paranaense) faz com que o torcedor não tenha paciência. “Já tínhamos um ótimo estádio até a parada para a reforma e nosso rival foi bicampeão. Quero ver conciliar o pagamento dos empréstimos (para financiar a Arena) e o investimento numa boa equipe”, cobra Marcelo Gomes, que é sócio desde 2008.

Julião cobra

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Ex-presidente da torcida Os Fanáticos, Júlio César Sobota fez uma avaliação antes da partida e bate na mesma tecla de cobrança. “O povo está feliz com toda a situação do estádio, mas indignado com esse time limitado. Acreditamos na força da torcida, ainda mais na Arena, mas é preciso melhorar o elenco”, opinou.

Vereador de Curitiba entre 2008 e 2012, ele ressaltou a enorme estrutura rubro-negra, mas diz que a torcida necessita de conquistas. “Admiramos o lado administrativo, pois o Atlético está acima em relação aos rivais em estrutura. O que espero é contratação para almejar algo grande e não ficar lutando para não cair nas competições nacionais”, declara com esperança.

Questionado sobre possíveis brigas na arquibancada, que prejudicaram o clube, obrigando o time a disputar nove jogos fora da Baixada, o ex-dirigente da organizada diz que é preciso ter consciência. “O cerco está se fechando para quem não quiser colaborar pelo Ministério Público. Quem não tiver interesse de ajudar o clube, mas que gosta deste movimento de torcida, tem que ficar em casa para não incomodar”, finalizou.