O prejuízo da eliminação para o Palmeiras dentro de campo não foi o único do Corinthians neste domingo, no Itaquerão. O clube lamentou também a destruição de cadeiras de seu estádio pelos palmeirenses, que ocuparam o setor Sul. No total, 877 cadeiras foram parcial ou totalmente danificadas. Foi a maior quebra de assentos registrada numa partida deste que o estádio foi inaugurado, como atestou à reportagem o gerente de operações do local, Lúcio Blanco.
“É, sim, o maior número de cadeiras quebradas num clássico dentro do estádio. É um ato de vandalismo”, disse o responsável pela arena, que também revelou que um representante do Palmeiras esteve no Itaquerão na manhã desta segunda-feira para averiguar os estragos.
Existe um acordo de cavalheiros entre as diretorias dos quatro grandes de São Paulo (Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos) para que seus respectivos presidentes arquem com as despesas na casa adversário quando sua torcida provocar quebra-quebra. Portanto, as despesas com as cadeiras danificadas serão pagas pelo Palmeiras, assim como na fase classificatória no Paulistão, quando o Corinthians bancou o prejuízo no Allianz Parque.
Estima-se que cada assento novo custe R$ 500. Nem todas as cadeiras quebradas no clássico serão descartadas já que há a possibilidade de reparos. Porém, se não houvesse essa chance, os custos para arrumar o que foi destruído seria de R$ 438,5 mil, o equivalente ao salário de Valdivia, por exemplo.
Blanco disse que o quebra-quebra no setor onde estavam os 1.800 torcedores do Palmeiras não começou depois das cobranças de pênaltis. “As imagens registradas pelas câmeras direcionadas para o setor mostram que eles não arrancaram as cadeiras somente depois dos pênaltis. Começou antes, durante a partida. Uma longarina [estrutura metálica] onde 26 cadeiras são presas foram arrancadas ao longo do jogo”, lamenta.
A diretoria do Corinthians estuda a possibilidade de tirar os assentos destinados aos torcedores visitantes em dias de clássicos, de modo a deixá-los em cima de lajes de cimento, como sempre foi no futebol brasileiro antes das reformas e construções dos estádios da Copa do Mundo. A ideia é defendida por Andrés Sanchez, superintendente de futebol do Corinthians.