Torcida atleticana culpa jogadores pela desclassificação

Com o Atlético virtualmente desclassificado, a torcida rubro-negra na internet apontou os jogadores como os maiores culpados pela derrocada do Atlético no ano. Segundo pesquisa do site www.parana-online.com.br, os atletas obtiveram mais da metade dos votos, ficando à frente da diretoria e das constantes mudanças de treinadores. O resultado deverá influenciar a diretoria na moldagem do elenco para o ano que vem.

O Paraná-Online está perguntando desde o domingo: Na sua opinião, qual o motivo da queda de rendimento do Atlético após a conquista do Brasileirão? A falta de empenho dos jogadores ao vestirem a camisa rubro-negra teve 58,1% dos votos até ontem à noite. Outros 28,8% preferiram responder que faltou apoio da diretoria e os restantes 13,1% assinalaram que o que mais prejudicou foram as constantes mudanças na comissão técnica.

O resultado acaba sendo o reflexo dos protestos realizados pelas torcidas organizadas e por outros torcedores anônimos, que lançaram sobre o elenco o principal dúvidas sobre o comportamento profissional de vários titulares. Ainda ontem, a Tribuna tomou conhecimento de um torcedor atleticano reclamando da “festa” que alguns jogadores fizeram num bar do Campina do Siqueira. Segundo este torcedor, “é inadmissível ver atletas de futebol festejando após o time ter sido eliminado do Campeonato Brasileiro”.

Palavra de reitor

Mas, há quem não concorde com essa votação. Um deles é o administrador e ex-presidente do Conselho Deliberativo do Furacão, José Henrique de Farias, ex-reitor da Universidade Federal do Paraná. O ex-dirigente é a primeira voz entre os “renegados” (como Ênio Fornéa, Marcus Coelho, Valmor Zimmermann, Samir Haidar, Ademir Adur, Nelson Fanaya entre outros) a vir a público contestar a administração do presidente Mário Celso Petraglia. Em entrevista à Rádio Banda B, ontem, ele enumerou uma sequência de erros cometidos pela atual gestão no ano. Como, por exemplo, a falta de planejamento para encarar um ano cheio de competições importantes, a troca do técnico Geninho por outros de qualidade duvidosa, a mudança de filosofia na preparação física, condenando o excesso de autoridade dada a um “cientista” (referindo-se a Antônio Carlos Gomes) em detrimento aos dois preparadores afastados – Riva Carli e Eudes Pedro – e a maneira (“mandarinato”) como o clube é administrado hoje.

Além disso, Farias cobrou um maior envolvimento dos atuais dirigentes com a torcida. “Quando o time ganha, aparecem vários diretores nos vestiários para dar entrevistas, dizer que o time está bem e a preparação física é boa. Já quando perde, ninguém fala nada e mandam o David, que é um menino, para falar aos repórteres”. Segundo ele, é uma obrigação da diretoria dar explicações à torcida, independente de resultado.

David vive a glória e aposta na lateral

O lateral-direito David, do Atlético, viveu ontem seu dia de estrela no CT do Caju. Após mais uma boa apresentação diante do Galo e de ter marcado um golaço, ele foi o centro das atenções e trocou a tristeza da desclassificação do time no Campeonato Brasileiro pela alegria de estar se tornando uma realidade dentro do clube. Um momento que só não foi melhor devido ao roubo de sua picape Corsa no domingo à noite.

“Foi à noite, o carro não estava comigo e eu fui comunicado que roubaram o carro, ‘limparam’, mas já acharam”, explicou. Por limparam, entenda-se levar as rodas, os bancos e a aparelhagem de som. Como não havia seguro, o atleticano terá que arcar com o prejuízo. Nada que abale a confiança de mais um promessa a surgir no CT do Caju. “Pelo primeiro ano de profissional, eu já tirei muitas coisas de experiência, para mim já valeu muito e espero que para o ano que vem ficar à disposição do professor”, diz.

Outro projeto do jogador é investir na posição de lateral-direito. “Eu cheguei no Atlético como meia, mas joguei quase dois anos como lateral e já estava acostumado nessa posição. Agora, vou me dedicar mais à lateral porque tem uma carência muito grande no Brasil e no mundo nesse setor”, aponta. Disposição para isso ele tem. Como Fabiano está suspenso e Ivan contundido, ele deverá ganhar mais uma vez a oportunidade de jogar uma partida, mesmo que improvisado, quarta-feira.

Time

Enquanto isso, o técnico Abel Braga comanda hoje o coletivo apronto para a partida de amanhã contra o Paysandu, às 20h30, na Arena. O treinador não poderá contar com Fabiano e Alan, que cumprirão suspensão automática. Além disso, o lateral-esquerdo Ivan e o atacante Kléber estão no departamento médico e não deverão estar presentes. Em contrapartida, ele terá os retornos de Alessandro, Cocito e Alex Mineiro. A tendência é que o time forme com Flávio; Rogério Correia, Wellington Paulo e Douglas Silva; Alessandro, Cocito, Kléberson, Adriano e David; Alex Mineiro e Dagoberto.

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