O Campeonato Brasileiro chega em sua reta final e os clubes vão conhecendo seus destinos na competição, o que influencia diretamente na média de público dos times.
Sonhando com uma vaga na Libertadores e com a permanência na Série A, respectivamente, torcedores de Coritiba e Atlético mostram que estão mobilizados. O primeiro tem a quarta melhor média de público, com 18.202 pagantes por jogo, enquanto o Furacão, mesmo permanecendo 34 das 35 rodadas na zona de rebaixamento, tem atraído 14.999 pessoas por partida – a 9.ª melhor média do Brasileirão.
Para os clubes paranaenses, tem sido tradição no Campeonato Brasileiro. Sempre que um time luta por algo na competição – seja título, vaga na Libertadores ou fuga contra o rebaixamento -, as torcidas comparecem aos estádios. Para se ter uma ideia, no caso do Coxa, as duas melhores médias na era dos pontos corridos foram em 2008 (19.254) e 2005 (19.225). No primeiro caso, era tudo festa com o retorno da equipe à elite, enquanto no segundo foi quando o Alviverde lutou até a última rodada para não ser rebaixado, o que acabou não evitando.
O Atlético passou por situação bem parecida. A sua melhor média de público desde 2003 foi em 2008, quando escapou do rebaixamento após uma vitória por 5 x 3 sobre o Flamengo, na última rodada. Naquele ano, 17.027 atleticanos invadiram a Arena por partida. A sua segunda melhor temporada no quesito público aconteceu em 2010, quando por muito pouco a equipe não conquistou uma vaga para a Libertadores. Na briga pelo torneio continental, 16.377 pessoas apoiaram o Rubro-negro em cada jogo.
Estes dados não se refletem apenas à dupla Atletiba. O Paraná Clube convive com a mesma situação. Desde que foi rebaixado, em 2007, a sua melhor média de público na Série B foi em 2008, logo no seu primeiro ano, com 4.401 por jogo. Com a expectativa da torcida por um retorno imediato, o Tricolor decepcionou e terminou o primeiro turno correndo sérios riscos de cair para a Série C. Na busca pela recuperação, a força vinda das arquibancadas cresceu e foi decisiva na fase decisiva. Sinal de que, para os torcedores do Trio de Ferro, o que importa é estar disputando algo, independentemente se no topo ou na parte de baixo da tabela.