No domingo passado, dez torcedores são-paulinos, residentes em São José do Rio Preto, foram barrados no Estádio do Morumbi, ao tentarem assistir a partida entre São Paulo e Fluminense. Não conseguiram entrar porque os ingressos seriam falsificados. A hipótese de erro da catraca não é descartada. Os bilhetes foram fornecidos por um cambista de São Paulo.
Eles faziam parte de uma caravana de 45 torcedores que uma empresa de turismo transportou de ônibus para a capital paulista. Para ver o São Paulo hexacampeão, o que deve acontecer domingo que vem, cada um desembolsou R$ 321,00. Dos dez torcedores, sete já fizeram acordo com a empresa, que propôs viagens pelo Brasil a título de indenização.
Mas o representante comercial Matheus Martins Coelho, de 24 anos, não aceita viagem turística como forma de ressarcimento. Ele até já contratou um advogado para exigir indenização de R$ 15 mil na Justiça. “Me propuseram uma viagem, só que eu não posso viajar porque estou trabalhando. Pela dor de cabeça e pelas despesas que tive, a minha advogada vai entrar com ação por danos morais”, afirmou.
Por sua vez, o dono da empresa, Edy Garcia, disse que “é tanto vítima quanto ele (Matheus)”, e acrescentou que “a Justiça vai decidir”. Ele afirmou que já pagou todas as despesas do grupo, incluindo as corridas de táxi. “Acredito no valor que eles passaram. Fazer o quê? Sou obrigado a acreditar na palavra deles”, contou, acrescentando que teve prejuízo de quase R$ 3 mil.
Orientado pelo Procon, Garcia foi à Polícia, que fez Boletim de Ocorrência e fará perícia nos ingressos. O empresário acusa um cambista de São Paulo, de prenome Ricardo, de ter fornecido os bilhetes adulterados. “O cara passou a perna na gente, o telefone só dá ocupado. Nossa vida virou um inferno. A catraca não aceitou os ingressos”, lamentou.