Os jogos do Paranaense 2009 no interior do Estado serão mais divertidos para quem gosta de beber uma cervejinha.
Às vésperas do início do estadual, não há uma norma definida sobre bebidas alcoólicas nos estádios.
Em Curitiba, os clubes mantém a proibição, mas fora da capital a venda segue liberada.
Com a justificativa de combater a violência, as bebidas alcoólicas foram banidas dos estádios no último Brasileirão.
CBF e Ministério Público fizeram um acordo e obrigaram os clubes a assinar um termo de conduta se comprometendo a não permitir a venda de qualquer tipo de bebida com álcool nos locais de jogos.
Atlético, Paraná e Coritiba, que assinaram o documento, terão que manter a proibição no estadual.
O J. Malucelli não aderiu formalmente, mas restringiu a venda em seus jogos pela Série A. “Já tínhamos assumido esse compromisso e vamos manter. Talvez venderemos cerveja sem álcool”, diz o presidente do Jotinha, Juarez Malucelli.
Enquanto os torcedores curitibanos terão que ficar “na seca”, no interior a situação é diferente. Sem nenhum tipo de compromisso assumido com o MP, os clubes irão manter a venda de cerveja.
“Vamos vender normalmente até que tenhamos alguma notificação. Para os clubes do interior, é uma importante fonte de renda”, defende o presidente do Rio Branco, João Carlos Frumento.
O Leão de Paranaguá estréia em casa, no próximo domingo, contra o Atlético. Assim como o Engenheiro Beltrão, que pega o Toledo em seu estádio. “Não nos passaram nenhuma instrução e a venda será normal”, confirma o presidente Luís Linhares.
A Federação Paranaense de Futebol (FPF) concorda com os clubes. “A FPF nunca proibiu a venda de bebidas alcoólicas. Apenas os clubes da capital se comprometeram a não vender, em acordo com a CBF. No interior, a princípio está liberado”, diz o assessor jurídico Juliano Tetto.
Mesmo assim, alguns clubes do interior estão vendo a situação com reservas. “Teremos uma reunião na segunda-feira para definir como iremos encaminhar esse assunto. Pode ser que fiquemos só com a cerveja sem álcool, ou com teor reduzido”, afirma Peter Silva, presidente do Londrina. O Tubarão só jogará em seu estádio na segunda rodada, na próxima quarta-feira.
Na capital, a proibição segue sendo contestada. Proprietários e arrendatários de lojas nos estádios do Trio de Ferro estudam entrar com uma medida judicial questionando a constitucionalidade da medida.