Os organizadores dos Jogos Olímpicos de 2020, no Japão, estão reavaliando seus planos financeiros por causa dos altos custos previstos para organização do grande evento que será abrigado pela cidade de Tóquio. A informação foi confirmada nesta terça-feira pelo governador da capital japonesa, Yoichi Masuzoe, que admitiu que o plano geral de gastos para a Olimpíada precisa de uma revisão.
“Devemos responder às preocupações pelos elevados custos das instalações, incluindo o aumento dos preços de mão de obra e materiais de construção”, afirmou Masuzoe, para depois avisar: “Revisaremos o plano o mais rápido possível desde este ponto de vista e supervisaremos para que as necessidades sejam analisadas apropriadamente e sem demoras, de forma que não haja obstáculos para os preparativos dos Jogos”.
O Japão já informou o Comitê Olímpico Internacional (COI) em relação a sua intenção de revisar e analisar seus planos, segundo informou a rede de TV nipônica NHK. A entidade olímpica presidida por Thomas Bach está buscando, por sua vez, uma maneira de reduzir os custos das futuras sedes da Olimpíada, sendo que muitas cidades desistiram de tentar se candidatarem a sede dos Jogos de Inverno de 2022 por causa de preocupações financeiras.
Yoshiro Mori, ex-primeiro-ministro que encabeça o comitê organizador da Olimpíada de Tóquio, enviou um comunicado dizendo que Mazuzoe e outros membros da organização concordam com a necessidade de realizar modificações no orçamento inicialmente previsto para realização do evento.
O comunicado não se referiu especificamente aos planos de reforma do Estádio Nacional de Tóquio, um colossal palco para capacidade para 80 mil pessoas e peça central da candidatura olímpica da cidade. O projeto de reforma tem sido alvo de protestos de arquitetos japoneses por causa da dimensão, design e custos da obra, considerada elevada.