O Paraná Clube volta ao “consultório”. O apagão diante do Avaí – quando o time levou três gols em seis minutos – faz com que o técnico Toninho Cecílio busque novo diagnóstico para essas constantes e desagradáveis oscilações. O Tricolor volta a campo amanhã, às 21h, frente ao ABC, e ainda precisa de mais uma vitória para definir sua permanência na Série B. Pelo menos essa é a matemática imposta pela comissão técnica, apesar dos onze pontos de vantagem sobre a turma do Z4.
“No futebol, você não pode brincar. Temos que chegar aos 45 pontos o quanto antes”, frisou Toninho Cecílio, visivelmente aborrecido com o que aconteceu em Florianópolis. “Imaginava que tínhamos encontrado uma forma segura de atuar, após o desempenho frente ao Ceará. Mas me enganei”, admitiu o treinador paranista. Mesmo com três zagueiros e dois volantes – e uma postura cautelosa – o Paraná foi frágil na marcação e presa fácil para o Avaí.
Erro de marcação nos primeiros minutos dos jogos tem sido fato recorrente no Tricolor. “É difícil apontar onde está a falha. A gente conversa muito, alerta, combina o posicionamento. Mas, infelizmente, quando você toma um gol como tomamos, todo esse trabalho é perdido”, disse. Toninho Cecílio, porém, evitou falar abertamente sobre esses deslizes. “Isso, a gente trata lá dentro. Tem certas coisas que você precisa resolver no vestiário”. Mesmo com a atuação decepcionante, o treinador personalizou o fracasso e mais uma vez chamou para si a responsabilidade.
“Essa é a minha função. Como treinador, tenho que detectar o problema e apresentar soluções. Nem que isso determine troca de peças”, avisou. Para o jogo em Florianópolis, a delegação seguiu com antecedência (e direto de Fortaleza). Houve tempo para descanso e treinamento. Além disso, o treinador lançou mão de três jogadores que não haviam atuado diante do Ceará e estavam descansados. “Não há desculpa. Fomos mal e temos que reagir já diante do ABC”.
Até o fim da temporada, o Paraná faz mais três jogos em casa (ABC, Ipatinga e ASA) e ainda joga duas vezes como visitante (CRB e Atlético-PR). Para superar sua melhor marca desde que voltou a Série B, em 2008, o Tricolor teria que vencer mais quatro dessas cinco partidas. Um desafio diante da total falta de equilíbrio – emocional e técnico – do atual elenco paranista.