O jogo era perfeito para o árbitro Antonio Pereira da Silva. Diego, Robinho e Gil, as principais estrelas do espetáculo, entraram em campo com dois cartões amarelos cada. Se recebessem a terceira advertência, ficariam de fora na segunda partida da decisão, a verdadeira final. Tonhão, como é conhecido por seus colegas de arbitragem, sabia disso.
Estava convicto de que foi por isso que tinha sido escalado. Conciliador ao extremo, Tonhão preservou os ‘pendurados’. No primeiro tempo, Robinho fez falta violenta em Deivid. Merecia a advertência, mas não a recebeu. O coadjuvante Alberto não contou com a complascência do árbitro e acabou recebendo o terceiro amarelo. E foi merecido. Aos 28′ do segundo tempo, o atacante tinha condições de bater para o gol e marcar o segundo de sua equipe.
Preferiu tentar o drible sobre Doni e, ao perceber que perderia o lance, atirou-se ao gramado simulando um pênalti que não houve. Antônio Pereira da Silva, perto da jogada, mostrou o cartão amarelo ao atacante.
O auxiliar Aristeu Tavares foi o pior inimigo de Tonhão no início do clássico. Prejudicou muito o Santos, ao marcar dois impedimentos do atacante Alberto, que não aconteceram. No primeiro, aos 12′, o jogador santista tinha condições plenas de abrir o marcador. Os jogadores também colaboraram com Tonhão. Em Porto Alegre na quarta-feira, os zagueiros do Grêmio bateram à vontade nos atacantes santistas, especialmente em Robinho. Para isto, contaram com a omissão de Antonio Pereira da Silva, que nada fez. Ontem, ninguém ‘caçou’ Robinho e cia no gramado. O atacante aliás, protagonizou um dos lances mais violentos do jogo, ao entrar de forma desleal em Deivid. Foram exageradas e sem nenhum sentido as reclamações do volante santista Renato no final do primeiro tempo. O jogador do Santos saiu do gramado acusando os corintianos de violentos.