O revezamento da tocha olímpica passou nesta quarta-feira pelo Paquistão sem nenhum registro de incidentes ou protestos, graças a um forte esquema de segurança montado pelo governo local, que se esforçou em nome das boas relações diplomáticas com o governo chinês.
A passagem do fogo olímpico pelo Paquistão foi aberta somente a convidados, e limitou-se às imediações do Estádio de Jinnah, maior complexo esportivo de Islamabad, a capital do país. O percurso original, de três quilômetros e que previa passagem pelo centro da cidade, foi alterado no início da semana. Ao longo do perímetro do estádio, 60 atletas paquistaneses se revezaram em distâncias curtas. O público que não tinha convites teve de se contentar com a transmissão ao vivo pela televisão local.
Nas semanas anteriores ao evento, o comitê olímpico do país pediu às emissoras que evitassem comentários negativos sobre a tocha e não mencionassem os conflitos no Tibete, a fim de evitar possíveis focos de revolta e manifestações.
Ainda nesta quarta-feira a tocha seguiu para a Índia, onde o clima deve ser bem menos tranqüilo: cerca de 100 mil exilados tibetanos vivem no país, entre eles o dalai-lama, e são esperados novos protestos contra o regime chinês, como os que ocorreram em Londres, Paris e San Francisco, no início do revezamento.
Depois da passagem sem incidentes pelo Paquistão, a tocha viaja ainda nesta quarta-feira para a Índia, onde não deve conseguir escapar dos protestos. Cerca de 100 mil tibetanos vivem exilados no país, entre eles o dalai-lama, o que deve ser praticamente uma garantia de novos protestos. O primeiro "desfalque" foi confirmado nesta quarta: o jogador de críquete Sachin Tendulkar, um dos ídolos do esporte indiano, não participará do revezamento, em Nova Délhi, por causa de uma lesão.