A tocha olímpica teve mais um dia de tranqüilidade. Nesta segunda-feira (14), durante sua única parada no Oriente Médio durante a corrida de revezamento pelo mundo, ela passou por Mascate, capitão de Omã, onde não foram registrados incidentes e nem protestos significativos contra o governo chinês.
A passagem da tocha olímpica tem sido utilizada por manifestantes de todo o mundo para protestar contra o governo chinês, principalmente com relação aos direitos humanos e ao Tibete. Foi assim em Londres, Paris e São Francisco, cidades onde houve violência, confusão e quase nenhuma festa.
Mas nas últimas três paradas dessa viagem mundial, o clima foi diferente. Em Buenos Aires (Argentina), Dar-es-Salaam (Tanzânia) e Mascate não aconteceram incidentes significativos. De qualquer maneira, mesmo sem a previsão de protestos, a capital de Omã teve segurança reforçada nesta segunda-feira (14) para receber a tocha olímpica.
"Nosso esquema de segurança é forte. A polícia está preparada para lidar com qualquer situação", afirmou o vice-presidente do Comitê Olímpico de Omã, Habib Macki, antes da chegada da tocha olímpica. "É uma grande honra tê-la aqui em nosso país."
O efetivo de segurança, no entanto, nem teve muito trabalho em Omã, um país de maioria muçulmana que tem fortes relações econômicas com a China. O que se viu nas ruas de Mascate foi a população feliz pela passagem da tocha, com várias crianças saudando o símbolo olímpico pelo trajeto de 20 quilômetros, além de algumas apresentações características do país, com dança e música.
Temor
Agora, o próximo passo da tocha olímpica será em Islamabad, no Paquistão, onde acontecerá a corrida de revezamento na quarta-feira (16). Mas, preocupado com possíveis protestos contra o governo chinês, os paquistaneses anunciaram nesta segunda (14) algumas mudanças do percurso pelas ruas da capital do país.
E, como tem acontecido em todos os lugares, a segurança em Islamabad foi reforçada. "Não há ninguém no Paquistão que faria qualquer coisa contra os interesses da China. Mas temos que tomar cuidado com pessoas infiltradas que queiram estragar esse nosso bom relacionamento", disse o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf. "Qualquer tentativa de interromper o evento será condenada."