Pequim (AE) – O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim apresentou o desenho da tocha olímpica e o percurso que ela fará ao redor do mundo, durante 130 dias, num total de mais de 137 mil quilômetros.
A tocha passará pelos cinco continentes e escalará até mesmo o Monte Everest, o ponto mais alto do mundo, mas não percorrerá o Brasil, como ocorreu com a tocha das Olimpíadas de Atenas, em 2004.
A tradição olímpica será mantida: o ?fogo olímpico? será aceso em Olímpia, na Grécia, onde se realizavam os jogos na antiguidade, no dia 25 de março do ano que vem e chega a Pequim seis dias depois. De lá, parte para o resto do mundo, passando por Istambul, São Petersburgo, Londres, Paris, San Francisco, Buenos Aires e Camberra, que são algumas das 130 cidades que receberão a chama no caminho até a China.
O Brasil, que em 2004 recebeu a tocha numa cerimônia no Rio de Janeiro, com a presença do atacante Ronaldo e de outras estrelas do esporte, desta vez ficou de fora do trajeto – só a Argentina representará a América do Sul.
Taiwan também não receberá a tocha, mas por uma opção política de suas autoridades. O país se considera uma nação independente, embora o governo da China o encare como uma ?província rebelde?, e o por várias vezes tenha estudado o uso da força para voltar a controlar o arquipélago. Por isso, a passagem da tocha por Taiwan, sugerida pelo comitê organizador, foi considerada uma submissão pelo governo local.
A visita da tocha ao Everest também passa por uma questão política.
O Himalaia, região onde se localiza o monte mais alto do planeta, fica na fronteira do Nepal com o Tibete, incorporado há mais de meio século pela China e também protagonista de um movimento separatista.