O Tribunal de Justiça Desportiva da FPF ganhou novos auditores na última quarta, quando aconteceram as eleições para o próximo quadriênio. Ontem foram formadas duas das três comissões que serão responsáveis por julgar todos os casos envolvendo o futebol, tanto profissional quanto amador. Na presidência, permanece Bôrtolo Escorsin, que foi reconduzido ao cargo. A novidade é a vice-presidente, Adriana de França.
Com a permanência de Escorsin, não haverá grandes mudanças. “Além de mim, permanecem da gestão anterior mais três auditores (Eduardo Varella, José Pacheco Neto e José Hagebock) e ganhamos o reforço de Lourival Barão, que era da Junta, extinta”, diz.
Aliás, a abolição da “Juntinha”, que auxiliava os julgamentos do futebol amador, forçou a criação de mais uma comissão. Anteriormente, só existiam a 1.ª e a 2.ª. “Na prática, a Junta apenas mudou de nome. Vamos ter cinco auditores em cada comissão, para agilizar os trabalhos”, explicou Escorsin. As três comissões entram em ação a partir de segunda-feira.
Sobre a transição, Escorsin acredita que o TJD não terá maiores problemas, já que a “turma” já está bem adaptada ao novo Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que entrou em vigor no início do ano e modificou, entre outras coisas, a composição do TJD, que passou a contar com 9 em vez de 11 auditores. “Fizemos isso em doses homeopáticas. Hoje, estamos bem adaptados”.
Segundo Escorsin, o novo código passou a exigir mais sensibilidade por parte dos auditores. Como as penas e multas ficaram muito altas, o cuidado no julgamento é ainda maior. “Há multas de R$ 50 mil que às vezes tem que ser aplicada a clubes que não têm dinheiro sequer para taxa de arbitragem. Temos que ter bom senso. E, certamente, esse novo grupo está preparado para este trabalho”.