O Engenheiro Beltrão pagou caro pela tentativa judicial de manter-se na elite do futebol paranaense. Ontem, o Tribunal de Justiça Desportiva da FPF suspendeu preventivamente o clube do interior até o dia 7 de julho, data do julgamento da ação na Justiça Comum. O Império do Futebol, citado como prejudicado no mesmo processo, também foi suspenso.
O torcedor Francisco de Assis Alves protocolou ação na Vara Cível de Engenheiro Beltrão, tentando anular o rebaixamento do clube. De acordo com a petição, a FPF teria desrespeitado o artigo 9.º do Estatuto do Torcedor por não manter o mesmo regulamento na edição anterior. Em 2004, o Paranaense previa um ?Torneio da Morte? entre os quatro últimos colocados. O Engenheiro entrou com ação idêntica no TJD.
Assim que recebeu a intimação da Comarca de Engenheiro Beltrão, a FPF encaminhou o caso ao TJD, que determinou a suspensão dos dois clubes citados na ação. Assim, Engenheiro e Império estão impedidos de disputar qualquer competição promovida pela FPF até o dia 7 de julho, quando serão julgados.
A Fifa e o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) proíbem o ingresso de matérias esportivas na Justiça Comum, mesmo que por meio de terceiros. A pena prevista é a eliminação da competição em disputa e multa de R$ 50 mil a R$ 500 mil. ?O Tribunal terá que comprovar o vínculo entre o Engenheiro e o autor da ação. Vamos recorrer?, disse o advogado do clube, Osires Nadal.