O procurador-geral do Tribunal de Justiça Desportiva (TDJ-SP), Antônio Carlos Meccia, disse nesta segunda que o Santos deve ser punido com a perda de um a três mandos de jogo em razão do comportamento dos torcedores que atiraram moedas na direção de Paulo Henrique Ganso, no clássico de domingo, na Vila Belmiro.
Com base no que foi relatado pelos assistentes Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza e Marcelo Rogerio, Meccia vai designar um procurador para abrir o processo contra o clube. Em razão do carnaval, o julgamento deverá ser realizado dentro de duas semanas.
João Vicente Gazolla, do departamento jurídico do Santos, não acredita que o clube sofrerá qualquer tipo de punição por causa das moedas atiradas no campo. “Estamos tranquilos quanto à nossa responsabilidade porque fizemos tudo o que era possível para evitar problemas. Alguns atos fogem de qualquer tipo de controle”, disse.
Para Gazolla, a torcida do Santos protestou contra Paulo Henrique Ganso de forma democrática e civilizada. “A não ser um minoria desprezível que atirou as moedas como forma simbólica de protestar e não como a intenção de agredir alguém”.
Quando saía de campo após atuar pela última vez pelo Santos, no jogo contra o Bahia, no dia 29 de agosto do ano passado, na Vila Belmiro, Ganso foi hostilizado por torcedores que o chamaram de mercenário e atiraram moedas na direção dele. Mas, para Gazolla a reincidência não fica caracterizada porque o Campeonato Brasileiro é competição organizada pela CBF e o Paulista pela FPF.