Parece que o choro coxa-branca fez efeito e o atacante atleticano Marcelo Ramos deverá ser julgado antes do segundo jogo da final do Campeonato Paranaense. Essa pelo menos é a informação oficiosa que circulava nos meios esportivos e jurídicos ontem. Pelo que foi apurado, o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) pautou o julgamento do caso para a próxima semana: terça-feira (dia 29). Marcelo está denunciado no artigo 253 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) que trata de agressão e cuja pena é suspensão de 120 a 540 dias.
A divulgação do fato foi uma surpresa. Na pauta do TJD – que consta no site do órgão desde o início desta semana -o caso do atacante não tinha previsão de julgamento até 5 de maio. Mas ao que tudo indica houve uma reviravolta e o julgamento está marcado.
O atropelo causou estranheza, principalmente depois do que foi divulgado na edição de ontem do Paraná-Online. Na matéria ?Coxa quer (Rodrigo) Mancha nas finais? aparece uma reclamação do departamento jurídico alviverde sobre a possível exclusão do volante Rodrigo Mancha, do clássico de domingo, devido a um erro do árbitro Evandro Rogério Roman. Também há um questionamento da morosidade no caso Marcelo Ramos. Isso tudo em conversa com o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva, José Roberto Hagebock. ?Levamos a ele (Hagebock) a diferença de tratamento. Enquanto um jogador que não fez nada (Mancha) não pode jogar, o outro (Marcelo) que agrediu vai poder jogar as duas partidas da final. Hagebock disse que vai analisar o caso e lamentou sobre os problemas de pauta do tribunal?, relatou à imprensa o diretor jurídico do Coritiba, Gustavo Nadalin.
Pressão?
Após o encontro das partes acima citadas surgiu a informação de que Marcelo será julgado na próxima semana. A reportagem tentou contato com Hagebock em busca de esclarecimentos, porém as ligações feitas para o telefone celular caíram na caixa postal.
Portanto não foi possível confirmar a data do julgamento e por qual motivo o caso Marcelo Ramos foi encaixado para a próxima semana. O próprio presidente do tribunal havia dito, anteriormente, que o julgamento do atacante poderia demorar devido ao inchaço da pauta do TJD.
Para o procurador Peterson Morosko, não há nenhuma irregularidade de o julgamento ocorrer na próxima semana, passando por cima da pauta já divulgada pelo TJD. Segundo ele, esse caso é de relevância para o campeonato e há interesse de terceiros. Inclusive, a procuradoria poderia requerer a suspensão do atleta se aparecessem fatos novos – por exemplo imagens da agressão.
