Hoje é o dia D para Marcelo Ramos. O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR), José Roberto Hagebock, aprecia à tarde o pedido de efeito suspensivo feito pelo Atlético para liberar o atacante para o Atletiba decisivo de domingo. Marcelo Ramos foi a julgamento na terça-feira, depois que a procuradoria do TJD-PR denunciou a suposta agressão contra o zagueiro Ciro, do Toledo, no primeiro jogo da semifinal do estadual. O artilheiro rubro-negro estava sujeito a até 540 dias de gancho, mas a defesa atleticana conseguiu reverter a denúncia, de ?agressão física? – artigo 253 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) – para ?atitude contrária à disciplina? (artigo 258), que prevê punição de 1 a 10 partidas. A 3ª Comissão Disciplinar do TJD aplicou a pena mínima.
Como Marcelo Ramos não foi expulso contra o Toledo, este jogo de suspensão teria que ser cumprido diante do Coxa. O efeito suspensivo serve para neutralizar a pena até que o recurso seja julgado na instância superior, no caso, o Pleno do TJD.
O advogado do Atlético, Domingos Moro, protocolou o pedido na tarde de quarta-feira. Ele argumenta que nenhuma pena deveria ser aplicada, uma vez que não se comprovou a agressão. ?A base da denúncia era o depoimento do quarto árbitro, mas mostramos por imagens que ele não tinha como visualizar o lance?, afirma o defensor, que se diz confiante no sucesso do pedido.
Fundamentação
Como ontem foi feriado, o presidente do tribunal deixou para apreciar hoje o recurso. ?Ainda não verifiquei a fundamentação, mas certamente o despacho será dado (hoje)?, falou Hagebock. Se o chefe da corte não conceder o efeito suspensivo, Marcelo Ramos estará definitivamente fora da decisão.
Caso o TJD conceda o benefício ao artilheiro atleticano, os advogados do Coritiba devem entrar imediatamente com uma ação judicial para derrubar a medida, que não teria respaldo jurídico.
