De volta à seleção brasileira após o título da Copa América, o goleiro Ederson será o titular nos amistosos contra Colômbia e Peru, nesta sexta-feira e na próxima terça, respectivamente, nos Estados Unidos, graças à lesão muscular sofrida por Alisson no primeiro jogo do Liverpool no Campeonato Inglês, no mês passado. Mas o assunto principal da entrevista coletiva do jogador do Manchester City, nesta quarta, foi outro: o prêmio de melhor do mundo dado pela Fifa.
Indicado ao prêmio Fifa The Best de melhor goleiro da última temporada, Ederson tem como concorrentes justamente Alisson e o alemão Marc Ter Stegen, do Barcelona. Para o “novo” titular da seleção, o seu compatriota “está um passo à frente” na disputa.
“Acho que os três (contando Ter Stegen) foram os melhores, mas eu vejo o Alisson um passo à frente, fez um grande campeonato, ganhou a Champions (Liga dos Campeões da Europa) e fez uma grande Copa América também. Quem vencer vai ser merecidamente e eu fico feliz por dois goleiros brasileiros estarem disputando esse prêmio”, disse Ederson, que espera um amistoso complicado contra a Colômbia.
“Vai ser um jogo muito complicado. Espero que a nossa seleção faça uma boa partida e os jogadores que tiverem a oportunidade de começar façam um bom jogo”, prosseguiu.
Ederson é conhecido por ter uma boa saída de bola – sempre incentivada pelo treinador espanhol Pep Guardiola, do Manchester City. Na coletiva, foi questionado se arriscaria bater faltas e pênaltis no clube ou na seleção. Nos treinamentos em Miami, impressionou com chute certeiro de 70 jardas (63 metros) no campo de futebol americano. O goleiro se divertiu ao lembrar do dia em que irritou Guardiola.
“Quando comecei a jogar eu gostava de bater falta, pênalti, mas hoje em dia já não tenho tanta ambição para isso. Uma vez, a gente estava goleando por 5 a 1, acho, e a torcida pediu para eu bater pênalti. Na zona mista me perguntaram e eu disse que queria bater. O Guardiola ficou p…”, comentou.
Como saiu cedo do Brasil, Ederson nunca atuou por um clube do País. Dispensado da base do São Paulo, o então adolescente viajou até Portugal para integrar o time sub-17 do Benfica. Fã de Rogério Ceni, disse não guardar mágoa do São Paulo e vê a sua história de superação como exemplo para as novas gerações.
“Muitos garotos têm o sonho que você teve, iniciam de baixo, com dificuldades para crescer. Eu acho bom os jogadores contarem as histórias de superação porque a garotada hoje desiste facilmente e a gente contando nossa historia consegue incentivar mais crianças. Com 15 anos, eu fui dispensado do São Paulo e nunca guardei mágoa do São Paulo. Apenas pela forma como fui dispensado, mas não guardo mágoa nenhuma do clube”, completou.