A derrota por 8 a 0 para o Barcelona, em amistoso disputado no início de agosto, deixou o Santos em crise e levou o técnico Claudinei Oliveira a promover mudanças na equipe. Uma delas foi que o volante Alison se tornou titular. Coincidência ou não, o time sofreu apenas dois gols nas seis partidas em que ele foi titular. Satisfeito, Alison agradeceu a confiança do treinador e espera manter a boa fase diante do Grêmio, na próxima quarta-feira, fora de casa, no jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil.
“Acho que é bom poder passar essa confiança para o Claudinei. Importante para ele, para o grupo, para mim que esperei bastante tempo por essa oportunidade. Vai ser mais um jogo difícil. Precisando do resultado, o Grêmio vai vir um pouco mais para cima. Estamos concentrados e com o time bem treinado para sair de lá com a classificação”, disse.
Alison, de 20 anos, teve o seu contrato renovado recentemente até 2017. O jogador avaliou que a opinião de Claudinei foi fundamental para a prorrogação do acordo. Além disso, ele acredita que o seu estilo de jogo aguerrido contagia o torcedor santista.
“Meu contrato acabava no fim de outubro, tínhamos conversa com o Santos, mas nada definido. Pediram a opinião do Claudinei. Acho que a confiança da torcida é pela forma como eu jogo, todas as bolas eu vou 100%, tento ficar atento os 90 minutos. Quem fica atrás não pode estar mais ou menos. É disso que a torcida gosta”, afirmou.
Após sofrer com graves lesões, Alison celebrou enfim a oportunidade que está tendo de se firmar no Santos. “Temos que esperar, pensar sempre positivo. Um ano e quatro meses sem jogar, por conta das lesões que tive. Toda dificuldade, sempre usei como motivação. Acho que nesse tempo que fiquei parado, ficou guardada essa vontade de jogar. Consegui colocar toda essa vontade para fora”, comentou.
Com a vantagem de ter vencido o jogo de ida por 1 a 0, o Santos deverá ser mais defensivo diante do Grêmio nesta quarta. Mas Alison destacou que marcar um gol em Porto Alegre pode encaminhar a classificação do time às quartas de final da Copa do Brasil. “Conseguindo fazer um gol, facilita bastante, aumenta a vantagem e dificulta para o Grêmio. Uma bola, um contra-ataque, uma bola parada, pode decidir o jogo”, avaliou.