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O treinador corintiano
surpreendeu a imprensa.

São Luís – A desilusão com o fraco futebol da partida de estréia de Tevez e Carlos Alberto no Corinthians, sábado contra o América no Morumbi, chegou até o Maranhão -distante três mil quilômetros de São Paulo. Na estréia da Copa do Brasil, o adversário de amnhã, às 21h40, é o Sampaio Corrêa.

No aeroporto Marechal Cunha Machado, em São Luís, o sistema de proteção montado para proteger o time galáctico se mostrou inútil por um motivo simples. Não havia torcedores esperando pelo time.

O acusado de haver frustrado os torcedores e acabado com o clima de euforia se defendeu como nunca ontem à tarde. O calor de cerca de 32ºC deve ter influenciado e Tite, pela primeira vez, demostrou sua raiva com as primeiras vaias dirigidas a ele e o coro de "burro" que teve de ouvir no Morumbi. E admitiu o óbvio: precisa urgente de reforços.

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"Primeiro, não aceito essa história de galácticos. O Corinthians é um time desmontado, em formação, que ganhou dois grandes jogadores. Se imprensa e torcida não conseguem enxergar, eu preciso ter os pés no chão. Procurei a MSI no domingo e pedi dois reforços urgentes para o meio de campo. Não quero continuar a ganhar as partidas, ficar frustrado e ter de dar sorriso amarelo. Não foi para isso que aceitei continuar no Corinthians", desabafou o técnico.

Ele percebeu que os dois reforços são necessários para que a equipe não crie dependência do Tevez e do Carlos Alberto. "Eles são grandes jogadores, mas precisam de outros atletas que retenham a bola, dois atletas vividos, experientes para dar equilíbrio ao time. Não dá para esperar só pelos dois. Fui bem claro com o Kia (Joorabchian). Ele foi ao Morumbi, viu e entendeu a minha necessidade. E garantiu que os atletas chegarão. Para tanta cobrança, as coisas precisam estar diferente no grupo", desabafa. Ele quer mais jogadores de qualidade.

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Tite revelou que se calou diante de situações que para ele eram óbvias. "Me cobraram sobre o fato de eu não ter deixado o Tevez cobrar o pênalti contra o América. Eu sabia que o Coelho havia treinado melhor. Poderia entrado no clima de festa e deixar o Carlitos bater. Só que eu não sou um medroso, um bundão que está no Corinthians para agradar aos outros. Sou o comandante do time, o técnico. Bate pênalti quem está melhor e acabou. Esse grupo tem comando."