O técnico Tite sabe que o torcedor brasileiro quer ver a seleção jogando um futebol bonito, mas entende que no momento o que interessa é obter bons resultados que permitam sair da posição incômoda em que se encontra nas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo – sexto lugar. Por isso, na sua estreia, nesta quinta-feira, contra o Equador, em Quito, estabeleceu que o importante é fazer o possível, não o desejável.
“Não adianta ficar procurando o ideal. Temos que potencializar o tempo”, disse, sua estratégia de preparação da equipe. “Fizemos isso nas relações pessoais, nos vídeos, nas orientações táticas. Vou montar o time levando em consideração o que eles fazem em seus clubes”, afirmou em entrevista coletiva nesta quarta-feira à noite.
Dentro desta filosofia, ele escalou o time para enfrentar os equatorianos com Alisson; Daniel Alves, Marquinhos, Miranda (o novo capitão) e Marcelo; Casemiro, Renato Augusto, Paulinho, Willian e Neymar; Gabriel Jesus.
Tite justificou a escolha de Gabriel Jesus em detrimento de Gabriel Barbosa. “Vejam o que o treinador procurou fazer, até para que possa ser criticado depois: ver onde os atletas jogam em suas equipes, que sistema e que função exercem. Com exceção do Gabigol, pelo fato de ser o novo. O Jesus é goleador do Brasileiro como jogador terminal em sua equipe. Como jogam o Marcelo, o Miranda, o Neymar, o Willian em suas equipes? É minha ideia de atacar com seis na ação ofensiva.”
O treinador brasileiro também rebateu uma entrevista do técnico do Equador, Gustavo Quinteros – disse que tiraria vantagem do fato de Tite ser novo na seleção. “Ele disse que por isso o processo de organização da seleção ficaria prejudicado. É uma parte da verdade. A outra parte é que ele não sabe as características da equipe que vamos montar.”
Tite admitiu estar ansioso para a estreia. Mas vê nisso algo natural. “Sou um ser humano, mas me preparei a vida toda para chegar a este momento. Trabalhei muito e valorizo minha chegada aqui”, declarou o treinador.