Tite não engole cartola e pede demissão

São Paulo – Tite não se calou como queria a diretoria do Palmeiras, pediu demissão e não é mais o técnico do time. O anúncio oficial de sua saída foi feito ontem à noite, no desembarque da delegação em São Paulo, após a derrota para o Santa Cruz, em Recife, por 3 a 2.

Marcelo Vilar, coordenador das categorias de base do Palmeiras e que já dirigiu o time titular em abril e maio, será o técnico no clássico de amanhã contra o São Paulo, em Presidente Prudente (SP). ?Não quero entrar em detalhes sobre

a minha demissão, mas quando existe quebra de confiança, não é possível continuar?, declarou Tite.

Calar a boca

Na opinião do ex-treinador, a ?quebra de confiança? foram as declarações do diretor de futebol do Palmeiras, Salvador Hugo Palaia, após a derrota em Recife. ?O conselho que eu dou para o Tite é para ele calar a boca e parar de falar mal da arbitragem?, esbravejou após o jogo. Ontem, pela manhã, as críticas foram mantidas. ?Não retiro nada, nem vou pedir desculpas, estava consciente do que estava falando?, afirmou para, em seguida, fazer uma retificação. ?Em vez da colocação chula, mal-educada, que usei quando disse para ele (Tite) calar a boca, mudo para ?fechar a boca e não falar mais da arbitragem?. ?Vamos parar de falar de juiz, vamos jogar futebol?, afirmou.

Gota d?água

A reafirmação das críticas foram, para Tite, a gota d?água. O treinador pediu demissão em uma reunião realizada ontem à tarde, ainda em Recife, com a presença do presidente Afonso Della Monica e do próprio Palaia. ?Disse hoje (ontem) à tarde aos dirigentes do Palmeiras que estava fora. Quero agradecer ao clube pela oportunidade?, declarou.

As críticas de Palaia não ficaram restritas à relação de Tite com os árbitros.

?O time estava desorientado e apresentou um futebol medíocre?, reforçou. ?Eu via o Chiquinho na lateral direita, um Marcelo Costa no meio, falta alguma coisa. Não sou técnico, mas a gente não é bobo e entende um pouquinho onde está o erro?, disse o dirigente.

Ontem, o Palmeiras acertou a vinda de Neto Baiano, ex-Atlético-PR, que fez testes no clube no início do ano, mas havia sido reprovado por Leão.

Sampa contrata atacante do Joinville

São Paulo – Foi num time do interior catarinense, já eliminado da Série C do Brasileirão, que o São Paulo foi buscar seu último reforço para o ataque. O nome dele é Edgar Bruno da Silva, mas os torcedores do Joinville só o chamam de Edgol.

?É um garoto de potencial, que tem tudo para dar certo num clube grande como o São Paulo?, diz o auxiliar-técnico Milton Cruz, que observou o atacante por fitas de vídeo e conversas com amigos que o viram de perto na Série C.

Edgar tem 19 anos. Mede 1,90m e pesa 76 quilos.

?É o biotipo do Jô?, diz Milton Cruz, comparando o novo reforço ao ex-jogador do Corinthians, que hoje está no CSKA, da Rússia. ?A diferença é que ele é destro.?

O contrato é de empréstimo até o fim do ano. Edgar está vinculado ao Joinville até julho de 2008. Se o São Paulo quiser contratá-lo em definitivo, terá de pagar a multa rescisória, estipulada em R$ 1,4 milhão.

O São Paulo tem prioridade no negócio, mas o Saint-Étienne também tem interesse. Edgar chegou, inclusive, a viajar com o presidente do Joinville, Mauro Bartholli, até a França para conversar com os dirigentes do clube.

Mistério

Muricy Ramalho resolveu fazer mistério na escalação do time para tentar surpreender o Palmeiras. O técnico não revelou nem o esquema que adotará. ?Nos dois últimos jogos, fomos no 4-4-2.

Mas nada impede que eu volte ao sistema com três zagueiros?, disse Muricy.

Fabão e Aloísio, por exemplo, são cartas fora do baralho. O zagueiro está suspenso e o atacante, machucado. Souza, com dores musculares é dúvida. Os zagueiros Alex Silva e Edcarlos, além do lateral Júnior, que cumpriram suspensão contra o São Caetano, estão à disposição de Muricy. Mas Miranda, que estreou bem contra o Azulão, pode ser mantido no time titular.

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