O técnico Tite incluiu nesta sexta-feira sete jogadores que atuam no Brasil em sua lista de 23 convocados para defender a seleção brasileira nos amistosos contra Senegal e Nigéria, respectivamente em 10 e 13 de outubro, em Cingapura. Com isso, estes atletas vão desfalcar as suas respectivas equipes na 24ª e na 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, que ocorrerão entre os dias 9 e 13 do mesmo mês destes jogos na Ásia.

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Entre os nomes que hoje atuam por clubes nacionais, foram chamados para defender o Brasil o zagueiro Rodrigo Caio e o goleador Gabriel Barbosa, ambos do Flamengo; o meio-campista Matheus Henrique e o atacante Everton, dois representantes do Grêmio; além do lateral-direito Daniel Alves, do São Paulo, e os goleiros Santos, do Athletico-PR, e Weverton, do Palmeiras.

Ao comentar sobre a sua opção de chamar sete jogadores que ficarão fora de partidas do Brasileirão por duas rodadas consecutivas no próximo mês, Tite minimizou o peso destas baixas para os clubes em uma competição deste formato e lembrou que já havia tentado minimizar ao máximo o prejuízo para as equipes quando anunciou, no mês passado, os convocados para os amistosos contra Colômbia e Peru, nos Estados Unidos.

Naquela ocasião, ele chamou seis atletas que atuam no País, sendo um deles de cada clube, motivado pelo fato de que procurou desfalcar o mínimo possível times que estavam envolvidos em competições com fases eliminatórias, como são os casos da Copa do Brasil e da Libertadores.

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“Eu não posso responder em relação a outras seleções. É uma dimensão que você está trazendo para mim como uma carga excessiva. Todas as situações que podem ser argumentadas a favor ou contra podem ser respeitadas. Quero colocar às pessoas que nos ouvem que existe outro lado da questão, que é o lado da convocação da seleção brasileira, que têm que entregar desempenho e resultado”, afirmou Tite, em entrevista coletiva na sede da CBF, no Rio, onde depois repetiu que precisa tentar chamar os melhores jogadores à disposição porque ele e a seleção têm de ganhar as suas partidas e sofrem grande pressão pela conquista de bons resultados.

Neste mês, por exemplo, os resultados esperados não vieram em solo norte-americano, onde o Brasil empatou por 2 a 2 com a Colômbia, em Miami, e depois foi derrotado pelo Peru por 1 a 0, em Los Angeles. “Fomos campeões da Copa América e quinto (colocados) no Mundial, nós precisamos entregar resultado. Estou tendo o máximo de bom senso. O calendário é muito mais decisivo numa competição de Copa do Brasil do que numa competição de pontos corridos. Há controvérsias, há situações que podem ser defendidas das duas partes. Cada um busque a situação que achar melhor”, completou o treinador.

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Também presente na entrevista coletiva de Tite, o novo coordenador da CBF, Juninho Paulista, aproveitou o tema para lembrar da promessa feita pelo presidente da entidade, Rogério Caboclo, que quando assumiu o cargo, em abril, disse que a partir de 2020 o calendário da seleção não vai coincidir com o das datas de partidas dos clubes nas duas principais competições do País.

“A gente já sabia que teria de lidar com esses problemas durante este ano. O nosso presidente disse na posse dele que isso não irá acontecer no ano que vem, com jogos da seleção durante os jogos da Copa do Brasil e do Brasileiro. Isso já está resolvido, vamos ter de lidar com esse problema somente mais este ano”, enfatizou Juninho.