O que era esperado se confirmou. Na noite do último domingo, o técnico Luiz Felipe Scolari entregou o cargo e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) acatou, em nota oficial divulgada ontem, o pedido de demissão. Junto com ele, saem o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira e todo o restante da comissão técnica.

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Felipão e sua trupe assumiram a seleção no final de novembro de 2012 e disputaram, no total, 29 partidas, somando 19 vitórias, seis empates e quatro derrotas, um total de 72,4% de aproveitamento. Além disso, foram marcados 70 gols e sofridos 29, sendo 14 só na Copa. Neste período, o Brasil somou o título da Copa das Confederações e a vergonhosa goleada por 7×1 para a Alemanha.

Agora, resta saber quem será o treinador que terá a árdua missão de recuperar o prestígio do futebol brasileiro e reformular a seleção para a Copa do Mundo de 2018, que será realidade na Rússia. Em um primeiro momento, dois nomes são os que mais ganham forças: Tite e Alexandre Gallo.

O primeiro conta a seu favor com uma forte aprovação popular. Afinal, entre os treinadores brasileiros ele foi quem mais conquistou títulos importantes. Pelo Corinthians, faturou o Campeonato Brasileiro (2011), Libertadores (2012), Mundial de Clubes (2012), Paulista (2013) e Recopa (2013). Além disso, impôs uma filosofia de jogo no time, melhorando muito o setor defensivo da equipe paulista.

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Já Gallo soma poucos trabalhos com resultados positivos. Técnico desde 2004, passou por grandes clubes, como Santos, Internacional e Atlético-MG, mas soma apenas dois títulos estaduais (2007, com o Sport, e 2008, com o Figueirense) e uma Recopa Sul-Americana (2007, com o Inter). Porém, desde o ano passado ele se tornou coordenador técnico das categorias de base da CBF, assumindo também o comando da seleção sub-20. Apesar do fiasco no Sul-Americano sub-20, quando terminou em quinto lugar e sequer classificou o time para o mundial da categoria, Gallo foi bi-campeão do Torneio de Toulon.

A seu favor, pesa também o fato de que, internamente, o seu trabalho na reformulação nas categorias de base é visto com bons olhos. No ano passado, o presidente da CBF, José Maria Marín, declarou que gosta do treinador e que, em uma eventual saída de Felipão, Gallo seria o seu substituto.

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O que pode acontecer, mesmo que interinamente. Até o final da temporada, a seleção brasileira tem pelo menos mais quatro amistosos pela frente, contra a Colômbia, dia cinco, e Equador, dia nove de setembro, nos Estados Unidos, contra a Argentina, em Pequim, no dia onze de outubro, e diante da Turquia, em Istambul, no dia 12 de novembro. Na próxima quinta-feira, às 11h, está marcada uma entrevista coletiva de Marín, onde esta dúvida pode ser esclarecida.