O monótono empate por 0 a 0 diante do Internacional no último sábado, mais um na longa série de jogos ruins do Corinthians neste Campeonato Brasileiro, não impediu a festa da torcida para duas pessoas que marcaram seus nomes na história do clube. Por motivos distintos, o lateral Alessandro e o técnico Tite faziam suas últimas partidas diante dos torcedores e foram devidamente homenageados por isso.
De saída do clube no fim da temporada, após acordo com a diretoria, Tite fez questão de agradecer a torcida e exaltar todos com quem trabalhou. “Não dá para descrever. Sou abençoado. Fui escolhido em um momento mágico de um grupo de pessoas extraordinário, com uma torcida extraordinária e em um momento especial do clube. Enfim, fui abençoado de estar no meio deles todos.”
No clube desde o fim de 2010, Tite conquistou praticamente tudo que poderia pelo Corinthians, sendo um Mundial de Clubes, uma Libertadores, um Brasileiro, um Paulista e uma Recopa Sul-Americana. Seu ciclo à frente da equipe chegará ao fim somente na última rodada, contra o Náutico, fora de casa, domingo que vem, mas foi neste sábado que o treinador recebeu o carinho da torcida, que cantou seu nome e levou faixas de agradecimento.
Para Tite, tudo isso foi mais uma página de um “momento mágico” vivido por ele nos últimos três anos. “Foi um momento mágico da minha carreira. Divido todas essas conquistas com a minha equipe de trabalho. Sei que é fundamental ter uma equipe para vencer. Agradeço por ter feito parte dessa equipe especial em um momento especial de suas vidas”, comentou.
Já Alessandro anunciou sua aposentadoria para o fim do ano. Ele ficará para sempre marcado na história como o capitão de dois dos maiores títulos da história corintiana: o Mundial e a Libertadores de 2012. Além de ganhar tudo o que Tite conquistou, o lateral ainda faturou a Série B de 2008 e o Paulista e a Copa do Brasil de 2009.
Após quase 15 anos como profissional, o jogador não escondeu a emoção de atuar pela última vez diante da torcida corintiana e classificou o jogo contra o Inter como o “mais difícil” de sua vida. “A ficha não caiu. Foi difícil jogar, ficar olhando para a arquibancada e pensar que daqui a dois meses não vou estar vivendo tudo isso. Foi a partida mais difícil da minha vida.”