O Corinthians só volta a campo no dia 7 de junho, diante do Figueirense, no Pacaembu. E neste duelo, no qual o time entrará pressionado a somar seus primeiros pontos no Campeonato Brasileiro e a deixar a zona de rebaixamento (ocupa o 19º lugar), o técnico Tite tentará evitar uma marca negativa: jamais em suas duas passagens pelo clube, ele somou três derrotas seguidas numa competição.
Vindo de dois tropeços por 1 a 0 no Campeonato Brasileiro, diante de Fluminense e Atlético-MG, ele terá 10 dias para armar sua equipe para evitar a “mancha” no currículo. Mesmo em 2004, quando assumiu a equipe na zona de rebaixamento, ele não perdeu três vezes seguidas.
No ano passado, na conquista do pentacampeonato, ele também sentiu o dissabor de perder duas seguidas, por duas vezes, com o 1 a 0 para o Cruzeiro e o 3 a 2 para o Avaí e depois nos duelos contra o próprio Figueirense, com revés de 2 a 0 e no clássico diante do Palmeiras, 2 a 1.
Para evitar que a pressão aumente antes dos duelos com o Santos pelas semifinais da Libertadores, o treinador aposta na psicologia para “colocar as coisas no lugar.”
A primeira atitude foi pedir calma aos torcedores e cobrar “o mesmo carinho da Libertadores” na competição nacional.
Outras estratégias estão sendo formatadas em conjunto com os membros da comissão técnica. As conversas serão frequentes nessa semana. Mas nada de cobranças. O técnico aposta nos elogios e num chacoalhão ao estilo “vocês podem mais” para deixar o elenco ligado.
Na derrota por 1 a 0 para o Atlético-MG, por exemplo, Tite resolveu elogiar o time por ter criado chances no lugar de criticar os erros nas finalizações. E é assim que ele vai se portar. Ver o lado bom de tudo e jogar o moral de quem não está rendendo o esperado para cima. Até porque, resultados negativos vão recair sob suas costas e ele não quer crise no clima de paz até então perfeito com a torcida e o clube.