O início do Rip Curl Pro foi adiado pela quarta vez seguida na Austrália, mas a segunda etapa feminina do ASP Foster’s World Championship Tour 2005, que tem que ser encerrada até o domingo de Páscoa começou na sexta, de ondas ainda irregulares de meio a um metro de altura em Bell’s Beach. Pelo menos, o swell já chegou na costa de Victoria, porém o vento maral continuava forte prejudicando a formação das ondas. Mesmo competindo em condições difíceis, a brasileira Jacqueline Silva foi fantástica em sua estréia no SPC Fruit Pro, registrando os primeiros recordes do ano em Torquay: nota 9,33 e 17,50 pontos de 20 possíveis. Sua pontuação só foi batida pela hexacampeã mundial Layne Beachley nas oitavas-de-final, quando Jacque e a cearense Tita Tavares acabaram eliminadas da competição sem conseguir pegar nenhuma onda boa nas suas baterias. Ambas terminaram em nono lugar na prova, recebendo apenas 2.750 dólares de prêmio e 360 pontos no ranking do WCT 2005. Uma nova chamada para as duas categorias foi marcada para as 7 horas do sábado na Austrália e a masculina tem prazo até o dia 1.º de abril.
Agora, apenas a peruana Sofia Mulanovich representa a América do Sul no SPC Fruit Pro. Depois de ser derrotada duas vezes na primeira etapa da temporada pela australiana Stephanie Gilmore, que tinha vencido as triagens na Gold Coast e acabou como campeã do Roxy Pro, a atual campeã mundial do WCT começou perdendo para uma surfista que também ganhou a vaga de convidada nas triagens, a atual líder do WQS 2005, Jessi Miley-Dyer.
A australiana já tinha barrado a número 1 do mundo na casa dela, durante a etapa do WQS realizada em fevereiro no Peru, quando se sagrou campeã da Copa Movistar Pro Peru. As duas voltaram a se enfrentar nas oitavas-de-final e finalmente Mulanovich conseguiu conquistar sua primeira vitória em baterias no WCT 2005. "Por favor, chega de convidadas", pediu Sofia.