Tira-teima da paz

O tira-teima entre Paraná Clube e Atlético será disputado em um clima de grande rivalidade. Durante a semana, jogadores trocaram “farpas”, o que deu novo tempero ao clássico de amanhã – às 17 horas, no estádio Pinheirão. Se o Paraná chega motivado pelo bom empate em Santos, frente ao atual campeão brasileiro, o Atlético vem de uma vitória marcante sobre o Grêmio. Mas, em teoria, a escalação do árbitro Paulo César Oliveira foi aplaudida justamente para conter qualquer exagero.

Coincidentemente, os dois times ainda estão em formação, com Cuca e Vadão buscando as melhores formações e ainda sonhando com reforços. Mas, fora das quatro linhas, o clássico tem um forte apelo pela paz e para isso as torcidas estão esperando todos com um lenco branco.

O nome deste clássico é fácil de se destacar. O goleiro Flávio foi a grande contratação do Paraná Clube para este Brasileiro. Ele defendeu o Atlético por oito anos e conquistou o título brasileiro de 2001. Concentrado apenas no novo clube, Flávio saiu pela tangente quando indagado sobre a sua dispensa do Atlético, no final do ano passado. Assegurou não ter mágoas do ex-clube e só garantiu que agora é tricolor e pretende repetir na Vila Capanema o mesmo sucesso que obteve com a camisa atleticana. Cuca não pestanejou e logo no início da semana confirmou a estréia de Flávio.

Se a diretoria vê no clássico a oportunidade para resgatar o apoio do seu torcedor – nas duas últimas temporadas o Paraná esteve entre os últimos colocados em média de público -, os paranistas querem confirmar o bom momento e o fim do martírio vivido no último ano, quando quase caiu para a segunda divisão. A expectativa é de “casa cheia”. Foram colocados à venda 23 mil ingressos (4 mil destinados à torcida do Atlético) e a procura foi muito boa ao longo de toda a semana. O ingresso de arquibancada custa R$ 15,00, mas sócios, mulheres, menores, estudantes e torcedores com a camisa do Paraná ganham desconto de R$ 5,00.

Além de Flávio, o Paraná terá a estréia de Caio e uma possibilidade de contar ainda com Fernandinho. O torcedor terá ainda o primeiro contato no estádio com o lateral Milton e o atacante Renaldo. No Atlético, o time é praticamente os mesmo do início do ano, mas Oswaldo Alvarez conta com a volta do volante Cocito, referência de marcação do meio-de-campo. Já Adriano, jogador sempre vigiado de perto pelos adversários, disparou críticas ao estilo “pegador” do Paraná e afirmou que o zagueiro Ageu, às vezes, exagera.

O capitão tricolor preferiu evitar polêmica e disse que não entra em divididas para perder. Cuca partiu em defesa de seus comandados, principalmente após ter sua equipe taxada de violência. “Abomino a violência e vocês jamais verão meu time bater. Mas, como fazia quando era jogador, quero que eles antecipem a jogada ou na pior das hipóteses, cheguem junto”, declarou. “Falaram que meu time fez muitas faltas, mas todas as jogadas violentas foram dos jogadores do Santos. É só analisar com imparcialidade”, finalizou.

Para controlar os “ânimos” da rapaziada, foi escalado o árbitro paulista e da Fifa Paulo César de Oliveira. Conhecido por agir com rigor, ele costuma mostrar muitos cartões. Os assistentes serão locais: Roberto Braatz e Gílson Pereira. Quem levar a melhor no clássico, além de garantir boa colocação neste início de Brasileirão, também assumirá a vantagem nos confrontos diretos. Até hoje, Paraná e Atlético já se enfrentaram 53 vezes, com 23 empates e 15 vitórias para cada lado.

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