Timemania, loteria para salvar a bola

Se a idéia vingar, o Ministério do Esporte eTurismo achou a “tábua da salvação” dos clubes brasileiros. Trata-se da Timemania, uma nova modalidade de loteria desenvolvida pela Caixa Econômica Federal, em parceria com a Comissão para o Futebol do Ministério.

Detalhes sobre como as apostas vão funcionar ainda não foram divulgados, mas o estudo para a viabilização do produto, bem como os benefícios que podem trazer ao futebol, já estão sendo apresentados para os clubes de todo o Brasil. Ontem foi a vez dos paranaenses participarem da palestra com Newton de Oliveira, assessor do Ministério do Esporte para o futebol. Estiveram presentes dirigentes do Paraná, do Coritiba, da Federação Paranaense de Futebol e o presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde, que organizou o encontro.

Segundo estudos da CEF, a nova loteria vai gerar algo em torno de R$ 500 milhões por ano. Deste valor, R$ 125 millhões serão rateados entre os clubes. Clubes da Série A dividem 65% deste valor, da Série B dividem 25% e da C, 10%. Na teoria, um clube da Série A lucrará R$ 3,7 milhões por ano. “Diferente do que acontecem quando o assunto são cotas de televisão, o dinheiro será dividido igualmente entre os clubes da mesma série”, explicou Oliveira.

Entretanto, o dinheiro arrecadado já tem destino certo. Pelo mecanismo desenvolvido pelo Ministério do Esporte, a intenção é resolver, ano a ano, os problemas das dívidas dos clubes. “Tendo que administrar tantas dívidas, os clubes se afundam cada vez mais e podem investir cada vez menos. Temos um futebol de Primeiro Mundo e queremos administração de Primeiro Mundo também.” Uma parcela menor de cada arrecadação será dada ao clube para investimentos presentes, especialmente em categorias de base. Para manter o controle, o Ministério do Esporte vai solicitar ao legislativo que padronize o balanço dos clubes, para que facilite checar os clubes que estejam “saindo da linha”.

“Após a implantação da Timemania, que deve ocorrer o mais breve possível, acreditamos que, em aproximadamente cinco anos, a maioria dos clubes quitem as dívidas, passando a investir toda a arrecadação para o desenvolvimento do futebol”, acredita Oliveira.

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