“Recuperados”, “rebaixados”, “apostas”, “indianos” e “estagiários”. O Atlético sub-23 que inicia as disputas do Campeonato Paranaense no dia 1º de fevereiro, fora de casa contra o Cascavel, é um time peculiar. Dentro de um planejamento iniciado ainda em 2014, o departamento de Inteligência e Marcelo Vilhena, que além de técnico da equipe é o coordenador das categorias de base, fez uma mescla de jogadores bastante curiosa para montar o grupo atleticano.
O nome mais conhecido, porém não o mais experiente, é o lateral-esquerdo Héracles. Embora conhecido da torcida há bastante tempo, o “Alemão” tem apenas 22 anos e encara 2015 como o ano da virada em sua carreira. Depois de idas e vindas no Rubro-Negro, o jogador fazia uma boa Série B pelo Avaí em 2013 quando sofreu uma grave lesão no joelho. O jogador superou o risco de quase perder a perna, ficou um ano e meio em recuperação e após avaliações de pré-temporada foi aprovado para integrar a equipe. Assim como ele, Rafael Zucchi é outro que teve problemas com lesões, mas recebe nova chance.
O “tiozão” da turma é o volante Matteus. Aos 25 anos ele é o atleta mais velho entre os 23 relacionados para o Estadual. Revelado pela Inter de Limeira, chegou ao clube em 2013 após passagem pela Portuguesa Santista. Foi emprestado à Ferroviária ainda naquele ano. “Fez uma ótima Copa Paulista em 2013. Um segundo volante habilidoso, que sai bastante para o jogo. É alto, porém tem velocidade”, explicou Guilherme Alves, coordenador das categorias de base da Ferroviária. Contra o Palmeiras, na última rodada, o volante teve sua primeira chance no time principal do Furacão ao substituir Nathan aos 27 do segundo tempo.
Do outro lado da linha do tempo está Oscar Eduardo Cabezas Segura, ou apenas Oscar. Zagueiro vindo do futebol colombiano o jogador tem passagens pela seleção sub-17 de seu país e estava em um clube amador de Bogotá (Club Juanito Moreno). Com 18 anos ele é uma das apostas da diretoria em um mercado que já lhe rendeu bons frutos. O volante Valencia e o meia Ferreira tiveram ótima passagem pelo clube na década passada.
De cima pra baixo
Do time principal que disputou o Brasileiro do ano passado vieram seis jogadores, todos em situações e condições distintas. A principal aposta é Marcos Damasceno. Destaque nas categorias de base do Furacão nos últimos anos, ele chegou a ter oportunidades com Claudinei Oliveira, mas o Paranaense será fundamental no processo final de maturação do jogador. Junto com ele estão os “indianos” Gustavo Marmentini, Bruno Pelissari e Guilherme Batata. Os três foram os grandes destaques da recém firmada parceria com a Liga de futebol da Índia.
Já Mário Sérgio chegou a ter diversas chances ao longo de 2014, mas Sueliton foi o titular da posição. Ao optar pela não renovação com o camisa 2, o Furacão poderia apostar em Mário Sérgio. Contudo, o clube preferiu contratar Daniel Borges, do Botafogo-SP, e “rebaixar” o lateral para o time sub-23. Outro dos frutos da parceria com a Ferroviária, o jogador recebe mais uma chance de se firmar. Quem também ganha mais uma chance de despontar no paranaense é Sidcley, lateral-esquerdo que chegou ser utilizado como meia por Claudinei.
Aparentemente o zagueiro Ricardo Silva estaria na mesma situação. Titular no Paranaense do ano passado, o jogador é considerado pelo presidente do clube um excepcional jogador. Em reunião com conselheiros Mário Celso Petraglia teria dito que Ricardo Silva é “melhor que o Manoel”, negociado no início do ano passado com o Cruzeiro.
O goleiro titular deve ser Lucas Macanham, destaque da boa campanha atleticana na Copa do Brasil Sub-20. Jean Felipe e Jonathan Lucca tiveram chances no Paranaense do ano passado e continuam seu processo de formação. Zé Paulo e Pedro Paulo já compuseram o time principal e vieram ,por empréstimo (com opção de compra) até maio. Se agradarem, podem renovar. Os demais são os goleiros Alexandre, Hugo Gumiero e Matheus Kayser, o zagueiro Marcão, o lateral Michel, o volante Matheus Rosseto e o atacante Juninho (que se apresentava como Olávio até ano passado).