Um tema que tomou bastante tempo dos dirigentes no arbitral de ontem, na sede da Federação Paranaense de Futebol, foi a negociação para punir exemplarmente os clube que não comparecem aos jogos, proporcionando o chamado W.0.

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As ocorrências deste tipo de medida antidesportiva na primeira e na segunda divisões deste ano levaram a uma decisão extrema, após 40 minutos de debates. Em consenso, foi decidido que se um time faltar uma partida, essa equipe estará automaticamente eliminada do campeonato e a pontuação de todos os jogos envolvendo o clube faltoso será cancelada. A eliminação será sumária.

No Campeonato Paranaense deste ano, o Engenheiro Beltrão, que acabou rebaixado, foi protagonista de um W.0 ao não comparecer no jogo contra o Corinthians Paranaense.

Na Divisão de Acesso, quem repetiu a cena foi o Sport Campo Mourão. Já eliminada, a equipe não apareceu para o jogo contra a Portuguesa Londrinense, no estádio do Café.

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Na época, a alegação dos faltosos foi a de que o ônibus do time quebrou na região de Maringá, cerca de 100 quilômetros de Londrina. Como a bola não rolou, o placar terminou em Lusinha 3 x 0, como previa o regulamento anterior.

Outras modificações aprovadas no arbitral de ontem alteraram o Regulamento Geral das Competições da FPF. Por causa de Atlético e Paraná Clube, que possivelmente dividirão a Arena da Baixada durante a disputa do estadual, a fim de que a Vila Capanema será preparada para receber as duas equipes a partir do campeonato Brasileiro, o regulamento será alterado para permitir que equipes possam mandar jogos em outros estádios, em virtude de reformas para a Copa do Mundo de 2014. A regra sofrerá mudanças para que a alteração de local não seja caracterizada como inversão do mando de campo.

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Também ficou definido que as inspeções nos estádios que receberão os jogos do estadual começam no início de dezembro. Segundo o vice-presidente Reginaldo Cordeiro, que também coordenada comissão de vistoria da FPF, todos devem estar em ordem até 30 dias antes de a bola rolar.

A federação espera que no ano que vem não precisa interditar nenhum estádio, como ocorreu com o Engenheiro Beltrão, que acabou virando “nômade” na competição.

Ausente

A única cadeira vazia no arbitral do Campeonato Paranaense 2011 foi a do Paranavaí. De acordo com o diretor de futebol do clube, Lourival Furquim, um “compromisso inadiável” o impediu de viajar até a capital paranaense. “Mas avisamos a federação com antecedência, deixando claro a razão pela ausência e eles foram compreensivos”, disse.

Pinheirão vira mocó para crack

Enquanto os dirigentes dos clubes paranaenses discutiam a fórmula de disputa do estadual, na sede da federação, um velho símbolo da entidade, o Pinheirão, segue do mesmo jeito desde 2007: largado às traças. No terreno do estádio ocorre de tudo, menos futebol. O estádio da FPF, também localizado na avenida Victor Ferreira do Amaral, não sedia partidas desde 2007

O atual cenário do Pinheirão, que já chegou a receber jogos da Seleção Brasileira, é composto por entulhos, camisinhas e latas usadas no consumo de crack. Vândalos também roubaram diversas placas da antiga calçada da fama, que homenageava personalidades do futebol paranaense. Durante a noite, os arredores do estádio viram mocó para mendigos e nóias.

O Pinheirão está sob interdição judicial e a Federação Paranaense de Futebol alega que o veto inviabiliza a manutenção do estádio. O custo para conversar o patrimônio e manter sua segurança não sai por menos de R$ 30 mil por mês, ,estima a FPF.

Um dos objetivos da federação é, a partir do próximo governo, dar uma solução para a área ocupada pelo Pinheirão, culminando, provavelmente, com a demolição do estádio.