O endereço do futebol profissional do Paraná Clube pode mudar em breve. O assunto ainda está em fase de estudos e depende de uma discussão interna, mas a intenção da diretoria é fazer do Ninho da Galha não apenas um centro de formação de atletas.
Num futuro não distante, todas as categorias passarão a utilizar a área privilegiada, no município de Quatro Barras (região metropolitana de Curitiba). “Considero o melhor caminho a seguir. Entendo que a integração entre profissional e base só traria pontos positivos ao clube”, confirma o presidente Aquilino Romani.
A ideia é compatilhada pelo vice de futebol Aramis Tissot, que desde sua volta ao clube vem trabalhando nesse sentido. Foi a partir da sua posse que algumas barreiras foram “derrubadas”, com a indicação do Ninho da Gralha para a realização da preparação do time para o estadual e, agora, na intertemporada durante o recsso causado pela Copa do Mundo.
Só que há uma série de quesitos que precisam ser resolvidos antes da mudança definitiva. Tanto que Aquilino Romani não estabelece datas para a transferência do departamento profissional.
“O ideal seria que isso ocorresse o quanto antes. Mas ainda há muito a se fazer”, reconhece. O primeiro passo diz respeito à reformulação da estrutura do futebol da base. Fernando Tonet assumiu a coordenação do setor, substituindo Antônio Carlos Silva.
Com Tonet, chega também o ex-lateral Ednelson, contratado como o novo técnico dos juniores. Mudanças que se tornaram necessárias diante de resultados pífios do clube nas diversas competições da garotada. A partir dessa nova estrutura, o clube busca também uma aproximação entre metodologias aplicadas na base e no profissional.
“Entendo que essa proximidade é positiva para o clube. Minimizamos custos e evitamos traumas desnecessários”, disse Romani. “É normal o profissional requisitar um garoto. Mas, no nosso sistema atual, gera-se um desconforto quando o menino volta para a base. Com todos trabalhando juntos, esse trânsito fica facilitado”, justifica.
Em questões práticas, o investimento mais significativo para essa centralização estaria na construção de um hotel para os atletas profissionais. “As questões técnicas, como refeitório, academia, piscina e departamento médico já existem”, diz Romani. Já na questão dos campos, ainda há uma defasagem, pois há apenas cinco campos em uso e no contrato inicial previa-se a construção de oito.
