Se a união faz a força, como diz o antiqüíssimo ditado, o Paraná Clube aprendeu rápido. Diretores, comissão técnica e os jogadores concordam – o entrosamento dentro e fora de campo tem sido um dos segredos do excelente início tricolor na Copa Libertadores.
Sem estrelas consagradas, o Paraná tem feito da força e da homogeneidade de seu conjunto uma arma poderosa nos últimos anos. Mas poucas vezes o fator foi tão citado como neste início de temporada 2007. ?É bonito de ver um empurrando e cobrando o outro?, falou o meia Gérson.
Cenas como a roda de jogadores abraçados no intervalo da partida contra o Unión Maracaibo, quinta-feira, mostram que a união não é só discurso. E os gols têm sido construídos em jogadas coletivas, como os três últimos da goleada de 4 x 2 sobre o time venezuelano.
Emocionado, o vice-presidente José Domingos contou depois do jogo que pressentiu a vitória ao perceber o comprometimento da equipe. ?Percebi que faríamos grande partida
ao ver a atenção que os jogadores prestaram na preleção do Zetti. Todos orando alto, olhando um para o outro?, disse o dirigente.
Roteiro
O elenco paranista deixou a cidade de Maracaibo ontem à noite, num vôo fretado para a cidade de Bogotá.
A mudança de itinerário (originalmente, a delegação faria um trecho terrestre até Valledupar, na Colômbia) foi um meio de reduzir o desgaste com a cansativa viagem. ?Resolvemos investir um pouco para que o time tenha tranqüilidade para jogar?, falou o presidente José Carlos de Miranda.
Hoje o time deve treinar na capital colombiana, e à noite sai o vôo para São Paulo. A chegada em Curitiba está prevista para domingo à tarde.
Dos 18 jogadores que viajaram à Venezuela, apenas três serão escalados contra o Paranavaí, segunda-feira, pelo estadual: o goleiro Marcos Leandro, o zagueiro João Paulo e o volante Felipe Alves. Compõem o restante do time os jogadores que ficaram treinando em Curitiba sob o comando o preparador físico Marcos Walczak – com exceção do volante Goiano, que deverá enfrentar o Real Potosí na quarta-feira, e do meia Renan, que sentiu lesão muscular na coxa e foi vetado. Até o técnico Zetti volta para Curitiba, e o auxiliar Silas comanda a equipe no noroeste do Estado.
