Evoluindo

Time atleticano já tem a “cara” de Claudinei Oliveira

Chutão pra frente é coisa de time de várzea. Sem esquema tático, sem habilidade para conduzir uma bola e refém do acaso. O Atlético viveu dias assim na temporada 2014. E não adianta o torcedor torcer o nariz para a realidade dos fatos. Tudo mudou, enfim, com a chegada do técnico Claudinei Oliveira, 14 jogos atrás.

Desde a estreia contra o Palmeiras (empate em 1×1), o treinador tem implementado sua filosofia de trabalho e focou suas atenções em melhorar a defesa. Melhorando a defesa, todo o time melhoraria. Ao melhorar a defesa, o grande problema do time se extinguiu: a ligação direta.

Dando qualidade ao trato com a bola, Claudinei Oliveira conseguiu dar ao time uma característica que não tinha. A “calma” deixou a equipe mais segura e capaz de levar a campo os conceitos do treinador. A posse de bola aumentou, os passes se tornaram mais precisos.

O primeiro tempo do jogo contra o Atlético-MG foi prova dessa evolução. “Teve momentos no primeiro tempo que é o que a gente quer: Rodou a bola, a bola chegou no Gustavo, se não deu para jogar, voltou no Deivid, jogou no Willian. Chegou uma hora que trocamos 40 ou 50 passes. Se tem a bola com você, não corre o risco de tomar gol”, afirmou Claudinei.

Especificamente sobre os “chutões”, o treinador exalta a capacidade do time em acabar com esse problema. “Quando você faz ligação direta, a bola no alto não tem dono. A bola está viajando. O zagueiro ganha de cabeça e vamos disputar uma bola que já é nossa. Se a bola está comigo, porque vou colocar ela em disputa? Toca no companheiro, faz um jogo seguro. Faço um jogo apoiado. É o que pretendemos”.

A percepção é também dos jogadores. Dentro de campo a bola flui com mais facilidade entre os atletas. “Evoluímos bastante. Vínhamos em alguns jogos fazendo a ligação direta e isso foi uma coisa importante que o Claudinei trabalhou. Desde a chegada dele, ele sempre trabalhou essa saída de bola e isso ajudou bastante nossa equipe”, revelou o meia Bady ao microfone Tribuna 98.

Já Marcos Guilherme admite que todos sabiam que as ligações diretas preocupavam e o problema precisava ser corrigido. “Nós mesmos já sabíamos que esse jogo não era muito bom para gente. Não era favorável. Acho que com os trabalhos do Claudinei ele passou para gente que tocando a bola a gente chega melhor e mais fácil no ataque da equipe adversaria. A gente comprou a ideia e vem fazendo a cada treino melhor. Quando chega no jogo executa melhor também”, concluiu.

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