Thiago Silva diz estar infeliz no banco e sem braçadeira

Ex-capitão da seleção brasileira, Thiago Silva desabafou neste domingo. O zagueiro reclamou de Neymar e diz que está “chateado” por estar no banco de reservas e sem a braçadeira de capitão. O jogador voltou à seleção pela primeira vez desde a Copa do Mundo, para os amistosos com Turquia e Áustria, mas foi obrigado a ceder a posição para Neymar.

Em entrevista em Viena, onde o Brasil enfrentará a seleção da casa na terça, o zagueiro não poupou críticas. Segundo ele, Neymar não veio conversar com ele depois que a braçadeira de capitão passou do zagueiro para o astro do Barcelona.

“Ninguém veio me procurar para conversar e é isso que me deixa chateado. Mas não tem de partir de mim essa conversa”, disse o zagueiro. “Parece que te tiraram algo que te pertence. É triste. É doloroso. Perdi espaço e estou chateado”, declarou.

Questionado se a perda da titularidade seria temporária, mandou seu recado até para a comissão técnica. “Hoje em dia eu não sei. Depende do ponto de vista das pessoas”, disse o zagueiro que não esteve nas cinco vitórias em cinco jogos de Dunga em seu retorno à seleção.

Durante a Copa do Mundo, Thiago Silva surpreendeu ao pedir para ser o último da lista de batedores na disputa de pênaltis contra o Chile, pelas oitavas de final, apesar de ser então o capitão do time. Na ocasião, chegou a ficar de costas para o gol para não ver o resultado das cobranças.

Engolindo suas emoções e visivelmente irritado com a situação, o jogador contou que, desde que voltou, passou a ficar “mais reservado”. “Tenho procurado algumas pessoas para conversar. Mas não quero dizer nomes para não comprometer essas pessoas e para que não sofram”, disse.

Thiago Silva justifica que não foi convocado antes por estar contundido. Mas admite que, nos últimos dias, tem “sentido os treinos”. Para ele, a seleção tem razão em buscar uma renovação. Mas mandou seu alerta de que o grupo “também precisa dos mais experientes”.

O ex-capitão também criticou os treinamentos de Dunga. “Há uma correria louca e precisa ter um meio termo”, declarou. “Não pode ser lento, mas também não pode ser acelerado”, apontou.

Luiz Gustavo, que também foi mantido no time, preferiu não tomar posição em relação a Neymar e Thiago Silva. Mas deixou claro que o zagueiro tem “o direito de falar”.

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