Thiago Neves tenta acordo com o Tricolor

A briga por Thiago Neves promete esquentar o início da temporada 2008. Após sucessivas derrotas na Justiça do Trabalho, o jogador -orientado pelo empresário Léo Rabello – tenta agora a redução da multa rescisória, até o momento fixada em R$ 3,9 milhões. Tentando permanecer no Fluminense, o meia tentou uma liminar para a aplicação do fator de redução previsto na Lei Pelé (de 40%). Nesse caso, poderia depositar apenas R$ 2,3 milhões para obter a rescisão de seu contrato com o Paraná Clube, que se estende até janeiro de 2009.

A liminar foi negada e o juiz de plantão deu cinco dias para o Tricolor apresentar seus argumentos nessa disputa. O departamento jurídico do Paraná tenta a manutenção do valor integral da multa rescisória, entendendo que a redução aplicar-se-ia caso Thiago Neves tivesse cumprido seu contrato com o clube na íntegra. Isso não ocorreu, já que o meia não vestiu a camisa do Paraná nas duas últimas temporadas. Em 2006, foi para o Japão, atuar pelo Vegalta Sendai e, quando retornou, foi emprestado ao Fluminense, onde conseguiu destaque no Brasileirão.

A tentativa de se obter a redução é um sinal evidente da preocupação do atleta – e, por conseqüência, do Fluminense -diante da possibilidade do imbróglio se arrastar por muito tempo. Thiago Neves é considerado peça imprescindível para o técnico Renato Gaúcho, de olho da Libertadores da América. No início dessa semana, o grupo empresarial que injeta dinheiro no clube carioca tentou um acordo com o Paraná, mas a oferta parou no R$ 1 milhão, o que não sensibilizou a diretoria tricolor, nem tampouco os empresários da LA Sports.

?Tenho certeza que a proposta do Palmeiras será muito melhor?, admitiu o vice de futebol Durval Lara Ribeiro, animado com a possibilidade do Paraná recuperar um ?patrimônio? que era dado como perdido. O clube contesta judicialmente o contrato firmado entre o ex-presidente José Carlos de Miranda e o empresário Léo Rabello, que passou a ser o sócio majoritário do atleta, com 68% dos direitos econômicos de Thiago Neves. A ?pressa? dos cariocas se deve ao fato de que a partir do dia 10 de janeiro entra em vigor o contrato que Thiago Neves assinou com o Palmeiras, em setembro passado.

Vanderlei Luxemburgo já declarou que deseja contar com o meia, no processo de reformulação do Palmeiras. E, como o clube paulista hoje conta com investidores que prometem não medir esforços (e dinheiro) para a montagem de um grande elenco, as cifras em torno de Thiago Neves tendem a crescer. ?Conseguimos uma vitória na Justiça do Trabalho. Sei que o processo pode ser longo, mas hoje, o Thiago é jogador do Paraná. O contrato com a Systema foi considerado nulo e, se nada de novo surgir nos próximos dias, no dia 2 de janeiro ele tem que se apresentar na Vila Capanema?, afirmou Vavá Ribeiro.

Vavá promete um ?pacotão?

Após uma semana voltada ao ?tiroteio? envolvendo o ex-presidente José Carlos de Miranda, o vice de futebol, Durval Lara Ribeiro, e o empresário Luiz Alberto Martins de Oliveira Filho, o Paraná Clube tenta voltar ao foco principal: a montagem do elenco para as disputas do Campeonato Paranaense e da Copa do Brasil. Com uma linha de ação marcada pelo sigilo, a diretoria não cita nomes, mas promete novidades ainda neste final de ano. Vem aí, o ?pacotão? tricolor.

?Quero anunciar não um, mas três reforços na próxima semana?, disparou Vavá Ribeiro. Esses três jogadores já teriam definido bases salariais, faltando poucos detalhes para a conclusão das transações. Sabe-se apenas as posições desses atletas: um zagueiro, um meia-armador e um atacante. ?São as posições carentes no momento. Com esse trio, o grupo estaria praticamente definido para o início da temporada?, disse o dirigente paranista.

Vacinado com o que ocorreu em 2007, Vavá não quer incorrer no mesmo erro. ?Enchemos a prateleira e depois ficou difícil de administrar?, reconheceu. ?A idéia é trabalhar com um grupo enxuto, que será posto à prova no Paranaense?, revelou o dirigente, que pretende entregar ao técnico Saulo de Freitas um elenco de no máximo 25 atletas. O foco principal é a Série B, que só começa em maio. ?Mas, entramos no Paranaense pensando no título, sem esquecer a Copa do Brasil, onde podemos resgatar a imagem do clube no cenário nacional?, ponderou Vavá.

O dirigente, porém, entende que as três competições das quais o clube participará em 2008 têm características distintas. ?Por isso, não adianta querer apostar tudo agora. É preciso deixar sempre uma reserva técnica para qualquer emergência. Senão, quando você vê já está com mais de quarenta jogadores e daí o caminho é sem volta?, justificou Ribeiro, usando como exemplo o péssimo desempenho do Tricolor no segundo semestre deste ano. De julho a dezembro, o Paraná venceu somente sete, dos trinta jogos que disputou e fechou o ano rebaixado para a Segundona.

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