?O Thiago Neves não tem mais vínculo algum com o Paraná?. Quem assegura é o advogado do atleta, William Castilho, que disse desconhecer a origem do boato sobre uma reviravolta no caso do meia da seleção. ?Criaram um factóide para manchar a imagem do jogador?, desabafou. Castilho confirmou a realização de uma audiência na última segunda-feira, mas nenhuma sentença foi proferida. ?O Paraná Clube está tentando um novo cálculo em relação à multa rescisória do atleta, mas sem fundamento?, comentou o advogado.
Thiago Neves foi o pivô de todo o imbróglio envolvendo o afastamento do presidente José Carlos de Miranda. A transferência de 68% dos direitos econômicos do jogador à Systema, empresa do carioca Léo Rabello foi posta em dúvida pelos dirigentes. O meia conseguiu o fim de seu vínculo (o contrato iria até janeiro de 2009) mediante o depósito em juízo da multa rescisória, já com o fator redutor previsto pela Lei Pelé. ?Depositei R$ 2.340,00 no dia 7 de janeiro. A partir disso, Thiago Neves deixou de ser atleta do Paraná?, confirmou Castilho.
Na ação que tramita na Justiça do Trabalho, o Paraná pede a revisão desses valores, indicando que o cálculo deveria ter sido feito a partir dos vencimentos do atleta nos contratos mais recentes, no futebol japonês e no Fluminense. Para Castilho, uma reivindicação que não afeta o atual contrato do atleta com o time carioca, tampouco a possibilidade de uma transferência de Thiago Neves para o exterior.
?O Paraná deu entrada no seu pedido, mas nenhuma sentença foi proferida?, comentou Castilho. ?Temos até o dia 14 de julho para apresentar a defesa do jogador?, explicou, demonstrando absoluta convicção de que nada mudará naquilo que já foi determinado pela Justiça do Trabalho.
?A liminar que conferiu ao atleta o direito de assinar com o Fluminense continua válida. Assim, só o Fluminense e o jogador têm participação numa eventual futura negociação?, disse Castilho. O Paraná teria apenas o direito a 5% do negócio, como clube formador. O advogado falou que o Tricolor é quem tem uma pendência judicial a resolver, já que não repassou a Léo Rabello os 68% da multa rescisória, como reza o contrato firmado no passado entre o ?dono? da Systema e o ex-presidente José Carlos de Miranda.