O volante Thiago Maia, do Santos, é o caçula da seleção olímpica. Brincalhão, esbanja bom humor e procura ver todas as coisas pelo lado positivo. Mas quando fala dos pais, e principalmente da doença que sua mãe, Vanda, enfrentou, não consegue conter a emoção. Até porque ela foi fundamental para que o jogador de 19 anos conseguisse se firmar na Vila Belmiro e chegasse à seleção.
“Sofri muito com minha família, minha mãe teve câncer, a gente sofreu bastante. É um sonho que estou vivendo”, disse, chorando, durante entrevista na tarde desta quarta-feira na Granja Comary, em Teresópolis. A mãe do jogador teve câncer quando ele estava com oito anos. Superou a doença e foi fundamental para sua carreira.
Vanda sempre esteve ao lado do jogador desde que ele trocou Roraima por Santos. “Ela largou tudo para viver a minha vida. Agradeço muito a ela e a meu pai também, que sustentava a gente com meu tio. Ele sempre lutou pelos meus direitos. É um sonho que estou vivendo. Hoje, estou dando entrevista e trilhando um sonho.”
Na disputa por um lugar no time com Rodrigo Dourado e Walace, o volante santista encara com naturalidade a possibilidade de ficar na reserva. “Estou aqui para ajudar a seleção. Independentemente de jogar ou não, a decisão do (Rogério) Micale vai ser boa para a seleção. Se eu estiver no banco, estarei pronto quando ele precisar.”
De qualquer maneira, Thiago Maia garante uma coisa: não vai tirar o sorriso do rosto. “Esse é meu jeito. Nasci assim, sou muito divertido. E futebol é alegria.”