Com Victor e Giovanni machucados, o jovem Uilson, terceiro goleiro do Atlético-MG, teve que ser escalado como titular no clássico contra o Cruzeiro, neste domingo pela manhã, no Independência, pelo Campeonato Mineiro. E o jovem, de apenas 21 anos, escalado pela segunda vez na carreira, foi determinante na derrota alvinegra por 1 a 0. Bateu roupa num chute de longe de Élber e deu nos pés de Rafael Silva, que não desperdiçou.

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O atacante foi contratado junto ao Vasco apesar de ter sido reserva na campanha que culminou com o rebaixamento dos cruzmaltinos no Brasileirão do ano passado. Mas Rafael Silva tinha a fama de marcar em clássicos, tendo feito gols nos dois jogos da final do Carioca contra o Botafogo e decidido o mata-mata contra o Flamengo na Copa do Brasil.

Neste domingo, confirmou a fama. Estava no lugar certo para pegar o rebote de Uilson e abrir o placar aos 28 minutos, num momento em que o Atlético jogava melhor. Na comemoração, Rafael Silva “bateu asas”, aparentemente imitando uma galinha – supostamente uma referência ao apelido pelo qual o rival é conhecido: Galo.

O jogo foi quente desde o início. Antes de o relógio marcar um minuto, Allano e Marcos Rocha se desentenderam. O atacante, aliás, deveria ter sido expulso no segundo tempo por entrada forte em Junior Urso. Isso ficou tão claro que o técnico Deivid tirou o jogador no minuto seguinte.

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Ariel Cabral também deveria ter recebido o vermelho, por um pisão proposital em Hyuri. O árbitro não deu nem amarelo. Além dele, o Cruzeiro tinha outros três argentinos: Sánchez Miño, Pisano e Lucas Romero, além do uruguaio Federico Gino, que, por ser brasileiro de nascença, não conta como estrangeiro.

Com Cáceres e Erazo na seleção equatoriana, o Atlético tinha só um “gringo”, Lucas Pratto, que foi genial no primeiro bom lance do jogo. Abriu as pernas e fez o corta-luz, deixando Robinho em boa posição. O atacante bateu colocado, mas para fora.

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O Atlético começou melhor e merecia ter aberto o placar antes dos 23 minutos. Fábio fez grande defesa em chute de longe de Marcos Rocha e em batida rasteira de Robinho. O Cruzeiro até mandou um cabeceio na trave, com Elber, mas o fato é que o dono da casa no Independência mandou na partida até o tempo técnico.

Após todo mundo beber água e se reidratar no forte calor, o Cruzeiro voltou melhor. Aos 41, o time celeste quase marcou, numa falha de Uilson, que saiu mal do gol. Nos acréscimos, o jovem se redimiu saindo bem aos pés de Allano.

O segundo tempo também foi repleto de oportunidades. Logo aos 5, Pratto tentou encobrir Fábio de cabeça, mas mandou por cima. O goleiro depois voltou a trabalhar num cabeceio de Robinho, aos 24. O Atlético-MG pressionava e mais uma vez merecia estar à frente no placar quando Uilson falhou e permitiu o gol de Rafael Silva.

Buscando o empate, o Atlético manteve-se no ataque e criou outras oportunidades até o fim do jogo. Aos 44, parou mais uma vez em Fábio, desta vez num ótimo chute de Robinho. O goleiro garantiu o Cruzeiro líder disparado, com 23 pontos, enquanto o Atlético-MG, em segundo, tem só 17.