Valquir Aureliano |
Portuguesa Londrinense tenta encontrar o rumo. E inova mudando de casa. |
A Portuguesa Londrinense poderá adotar à partir da próxima rodada contra o Paranavaí, o rótulo de ?nômade?. No dicionário Aurélio, a expressão significa: povos que não pertencem a determinado país e vagueiam sem residência fixa.
A diretoria da Lusinha fez um pedido para a Federação Paranaense de Futebol (FPF) para mudar os locais dos mandos de seus jogos. Contra o Paranavaí, a opção seria o Estádio José Gamberlini, em Cambé, a apenas cinco quilômetros de Londrina.
A Portuguesa optou em mandar seus jogos no Estádio do Café, com capacidade para 45 mil torcedores. O Gamberlini teria capacidade para 10 mil torcedores, mas ficaria limitado a 4 mil para os jogos da equipe londrinense.
Mas a mudança de casa não ficaria limitada somente para Cambé. A Lusinha está propondo mandar outros dois de seus jogos bem longe de Londrina e Cambé.
As partidas contra o Coritiba, na 12.ª rodada, e Paraná, na 14.º rodada, seriam no Pinheirão, em Curitiba.
?Já conversamos com o Moura – presidente da FPF.
Ele autorizou?, disse Hélio Camargo, da diretoria da Portuguesa Londrinense. Segundo o cartola, a Lusinha ficaria instalada no Pinheirão, entre o período de 24 de fevereiro a 8 de março. ?Ficaria mais econômico para o clube. No meio desses dois jogos enfrentaremos o Iguaçu, em União da Vitória.
O deslocamento para lá – União da Vitória seria mais barato?, avalia Hélio Camargo.
Federação não vê problemas na mudança
Na Federação Paranaense de Futebol – (FPF), a proposta de mudança de local dos jogos da Portuguesa Londrinense ainda não foi confirmada. ?Não recebi nenhum pedido, ou comunicação a respeito. Mas não vejo empecilhos para isso. Só precisaríamos fazer uma vistoria no estádio. Pelas informações que tenho, o José Gamberlini (estádio) poderia receber jogos do Paranaense. Mas temos que ver os laudos exigidos por lei, e visitar o local?, disse Cirus Itiberê da Cunha, diretor, financeiro e presidente da Comissão de Vistoria dos Estádios da FPF.
Porém, segundo Hélio Camargo, diretor da Portuguesa Londrinense, o pedido já foi encaminhado à federação. ?Só estamos aguardando essa autorização. Gostaríamos de jogar já contra o Paranavaí – 9.ª rodada, neste final de semana?, disse o dirigente do clube, garantindo que já tem em mãos os laudos do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e das autoridades locais de Cambé. ?Está tudo em ordem em Cambé?, garante o cartola da Lusinha.
Novas vistorias – Paralelo ao pedido da Lusinha, Cirus Itiberê da Cunha espera receber até sexta-feira, os relatórios dos laudos dos estádios do Rio Branco, Adap Galo, Atlético e Coritiba. As quatro equipes disputam a Copa do Brasil. ?Tenho que encaminhar esses laudos para a CBF, que deverá marcar os jogos dos nossos clubes na Copa do Brasil?, disse o presidente da comissão da FPF.
Os jogos da primeira fase da dupla Atletiba na Copa do Brasil, contra Coxim-MS e Caixas-RS, serão fora de casa.
Já o Adap Galo pega dia 14 o Noroeste-SP, em Maringá, e no dia 21, o Rio Branco recebe o Avaí-SC.
Média da Lusinha no Estadual é medonha
Na lógica dos dirigentes da Portuguesa, a ?transferência? de local para Curitiba, contra a dupla Paratiba, poderia engordar o orçamento do clube. Nos quatro jogos que fez até agora como mandante – quadro abaixo – a Lusinha teve um público pagante de 1.901 torcedores – média de 475 por partida, para um arrecadação de R$ 14.175 -média de R$ 3.543,75. Nestes números está incluído o ?clássico local? contra o Londrina. Sem essa partida, a média de público da Portuguesa cai para 50,3 torcedores, e de renda para R$ 418,33 por jogo.
Se seguir o exemplo do Rio Branco, que optou em jogar no Pinheirão, contra o Coritiba, a Lusinha poderia diminuir as perdas financeiras. Naquele jogo o time de Paranaguá – punido com a perda de um mando – teve um público de 2.920 pagantes, para uma renda de R$ 31.410. O Rio Branco venceu por 1 a 0.