Hiroshima – Com reservas, discussão em quadra e rendimento abaixo do esperado, o Brasil venceu a Bulgária por 3 sets a 1 (25/22, 20/25, 25/22 e 25/16), ontem, e se classificou para a semifinal do mundial masculino de vôlei.

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A próxima partida brasileira será contra a Sérvia e Montenegro, sábado, à 1h30 (de Brasília). A outra vaga na final será decidida entre Polônia e Bulgária.

Com a vitória, a equipe comandada por Bernardinho quebrou a invencibilidade da Bulgária e terminou a segunda fase na primeira posição do grupo F. Já a Sérvia terminou em segundo lugar do grupo E, ao ser derrotada pela Polônia também ontem, por 3 sets a 0 (28/26, 25/19 e 25/19). ?Talvez nós não tenhamos jogado bem por causa da tensão de ter que vencer. O time não saiu satisfeito?, afirmou o técnico do Brasil, Bernardinho.

A Bulgária entrou em quadra sem suas principais estrelas, o oposto Kaziyski e o ponta Nikolov, porque o time já tinha vaga antecipada para a próxima fase. Só dois titulares atuaram contra o Brasil. Mesmo assim, os brasileiros tiveram dificuldade para superá-los. ?Foi uma oportunidade de descansar, já que jogamos duas partidas muito duras (contra Alemanha e França)?, disse o ponta Konstantinov, da Bulgária.

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Os brasileiros sofreram até o terceiro set, quando os atletas do banco – Anderson, Marcelinho, Murilo e Rodrigão – entraram em ação e ajudaram a mudar o resultado da partida. E Bernardinho ressaltou a importância de ter uma equipe pronta. ?Os reservas são importantes. No último mundial, Ricardinho e Anderson começaram no banco e jogaram a semifinal e a final. Em seis anos ganhamos muita coisa usando todos os jogadores?, lembrou o técnico. O titular e ponta Giba foi o maior pontuador da partida, pelo quarto jogo consecutivo, com 22 acertos.

À flor da pele

No segundo set, o levantador Ricardinho se desentendeu com o meio-de-rede Gustavo e o líbero Serginho. ?Fiquei um pouco chateado porque fui cobrar dos outros jogadores e eles disseram que eu estava atrapalhando. Mas foi uma coisa do jogo. Hoje (ontem) à noite vamos conversar, cada um no seu canto, e amanhã (hoje) no café-da-manhã já vai estar tudo bem de novo?, disse Ricardinho, capitão da equipe.

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No final da partida, quando os jogadores se reuniram em círculo para comemorar, Ricardinho foi chamado pelos companheiros para se integrar ao grupo. Atendeu ao pedido dos colegas, mas com cara fechada. ?Isso me magoou?, completou o levantador. Para Bernardinho, as desavenças são normais para um grupo que está junto há seis anos. ?Não foi a primeira discussão e não será a última?, admitiu o treinador.