O tenista israelense Andy Ram afirmou que vai ao Torneio de Dubai, na próxima semana, concentrado apenas em jogar, sem se preocupar com questões políticas. Ele recebeu o visto de entrada nos Emirados Árabes Unidos nesta quinta, em mais um capítulo da polêmica semana envolvendo as competições no Oriente Médio.

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“Como tenista profissional, meu objetivo é competir e ter bons resultados nos melhores eventos do mundo, e nisso que vou pensar durante a próxima semana não será diferente”, afirmou Ram, que disputará a chave de duplas ao lado do austríaco Julian Knowle, em uma das parcerias mais fortes do circuito.

No início da semana, a também israelense Shahar Peer teve o acesso ao país negado, causando revolta nas demais atletas. Peer aprovou a decisão do governo de conceder visto a seu colega. “Foi uma grande vitória. Espero e acredito que, de hoje em diante, atletas de todo o mundo possam competir nos Emirados Árabes Unidos, e em qualquer outro lugar, sem que haja discriminação de qualquer tipo”, afirmou a jogadora, que prometeu ir a Dubai no próximo ano.

A organização do torneio alegou que tomou uma atitude de precaução ao negar o visto a Peer. Segundo os dirigentes, a tenista poderia ser hostilizada, devido aos ataques recentes de Israel na Faixa de Gaza. Em janeiro, durante o Torneio de Auckland, na Nova Zelândia, a israelense não foi bem recebida por torcedores.

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Colegas de Andy Ram no circuito, as irmãs Venus e Serena Williams comemoraram o visto dado ao israelense. “Acho que é ótimo maravilhoso que Andy tenha a oportunidade de jogar. Nós somos atletas, e não temos a ver com política. Estamos aqui para jogar tênis, para entreter o público e fico feliz por ele ter essa chance”, disse Venus.

“É óbvio que sou contra qualquer tipo de discriminação. Todos têm o mesmo sangue e devem ter oportunidades iguais”, concluiu Serena.

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