Tênis feminino sofre com os encantos fora das quadras

Começou a circular nesta semana em Londres a revista FHM com 12 páginas da tenista sérvia Ana Ivanovic num ensaio fotográfico sensual. Atual líder do ranking, ela já está eliminada do torneio de Wimbledon, depois de ter sido surpreendida por uma chinesa que ocupa a posição número 133 do mundo, Zie Zhang. Mas parece não estar disposta a mudar sua programação atual, que prevê muitas ações de marketing e enormes ganhos com publicidade.

Após sofrer a derrota em Wimbledon, Ivanovic chegou a admitir que os dias de farra pela recente conquista de Roland Garros prejudicaram sua preparação. Mesmo assim, a tenista sérvia continua explorando sua beleza, faturando alto com campanhas publicitárias e o glamour das celebridades.

A russa Maria Sharapova também trocou dias de treinos por uma temporada em Nova York, onde foi assinar milionário contrato com a joalheria Tiffany?s, para participar da criação de suas jóias e escolher modelos de roupas para os torneios de Roland Garros e Wimbledon. Assim, jogou mal no primeiro, em Paris, e foi ainda pior no segundo, em Londres.

É crescente o número de tenistas que faturam alto com a beleza. A russa Anna Kournikova é o maior exemplo disso. Ganhou muito fora das quadras, mas encerrou a carreira sem nenhum título dentro delas. A checa Daniela Hantuchova, também influenciada pelo mundo da moda, sofreu com anorexia e nunca mais jogou tênis com a mesma categoria – deixou escapar o seu melhor momento.

Até mesmo as irmãs Williams envolveram-se no glamour das passarelas e no show biz. Serena, por exemplo, resolveu criar os seus próprios modelos de roupas e também quis ser atriz de um seriado de TV. Mas só conseguiu se afugentar dos títulos e da liderança do ranking. Agora, luta para reviver seus bons momentos no tênis.

A tentação de aproveitar o sucesso das quadras para faturar com patrocínios é grande. Mas as exigências dos contratos podem custar caro. É quando o glamour destrói o talento das tenistas, perigo que beldades como Ivanovic e Sharapova, as duas melhores do mundo na atualidade, tentam evitar.

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