Tênis de mesa ganha uma estrela emergente

Ela iniciou a carreira há apenas dois anos. Mas no currículo, os treze títulos conquistados dão o tom do que pode ser um futuro promissor numa das mais concorridas modalidades esportivas do cenário olímpico internacional: o tênis de mesa. A curitibana Raquel Bittencourt de Assis Pereira é um doce. Mesclando timidez com o arrojo quando pega na raquete, ela encanta pelo seu lado garotinha prodígio.

A história no esporte é ao mesmo tempo meteórica e recheada de sucesso. Começou por acaso, ainda no segundo semestre de 2001. Levada para uma disputa, ainda sem pretensão, no Clube Nikkei, ela surpreendeu e conquistou o título, num evento interno da agremiação.

Aluna do Colégio Stella Maris, que a patrocina com uma bolsa de estudos desde o início das atividades como mesa-tenista, Raquel conta que o pontapé inicial ocorreu na própria instituição de ensino. ?Quando comecei a estudar no Stella Maris, havia muita mesa. Foi quando o tio Ricardo (Percegona), me levou para treinar no Clube Duque de Caxias?, explica.

Dois campeonatos internos depois, ela foi ?descoberta? pelos concorrentes da Sociedade União Juventus. Lá Raquel chegou em janeiro de 2002, com treinos e orientação foi aprimorando a técnica inata e acumulando títulos e medalhas, e chamando a atenção do principal clube de tênis de mesa de Curitiba, o Nikkei, onde desembarcou em janeiro passado, com oito troféus de primeiro lugar.

A temporada 2003, embora ainda tenha sido apenas a segunda completa, mostra que Raquel é do ramo. Embora ainda esteja na categoria sub-12, ela já deu suas primeiras raquetadas na mirim (para atletas entre 12 e 13 anos). ?É mais emocionante para jogar?, diz Raquel, com a empolgação de uma campeã.

Convite

Mas nesta virada de ano, Raquel está num dilema. No final de novembro, ela recebeu o convite do Estrela de Ouro/Santos Futebol Clube, para defender a equipe, considerada uma das mais fortes do esporte no Brasil. ?Quem vai decidir será minha mãe. Mas por mim, eu iria sem dilemas?, revela Raquel. No litoral paulista, ela terá ajuda de custo, bolsa de estudos e um treinamento ainda mais intenso do que o que hoje cumpre sob orientação do professor Jeferson Tacaki, no Nikkei.

Além disso, Raquel promete não perder a clínica que será ofertada pela Butterfly (fábrica de raquetes), aos integrantes da equipe que é mantida pela marca em Marília, no interior paulista. Lá ela vai repetir o feito do ano passado, quando foi a única atleta de fora da equipe a ser convidada e ter participado.

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